Lisboa 2023: Cardeal-patriarca aponta a «mundo mais solidário e fraterno»

D. Manuel Clemente dá boas-vindas ao Papa, no primeiro encontro de Francisco com os peregrinos da JMJ

Foto: JMJ Lisboa 2023

Lisboa, 03 ago 2023 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca deu hoje as boas-vindas ao Papa, na cerimónia de acolhimento da JMJ Lisboa 2023, apontando a um mundo mais “solidário e fraterno”.

“Estou certo – com todos os meus irmãos do episcopado e da Igreja que está em Lisboa e em Portugal – que a Jornada Mundial da Juventude que juntos viveremos nestes dias, corresponderá ao vosso constante apelo para um mundo mais solidário e fraterno, como a verdade evangélica reclama e a humanidade mais anseia”, disse D. Manuel Clemente, na Colina do Encontro (Parque Eduardo VII).

Perante centenas de milhares de pessoas, que acorreram ao local desde as primeiras horas da tarde, animadas por momentos musicais, o responsável católico manifestou a sua “gratidão” pela presença em Portugal.

“Terra desde há muito ligada à Sé Apostólica, que tem em vossa santidade o seu rosto atual, tão evangelicamente expressivo e convincente para os cristãos e a humanidade em geral”, indicou.

Na primeira edição da Jornada Mundial da Juventude, em território português, D. Manuel Clemente falou do programa “repleto de encontros e celebrações”.

“Muito obrigado, Santo Padre, porque desde que vos propusemos realizar aqui a Jornada Mundial da Juventude, sempre acolhestes e correspondestes ao nosso convite com a melhor boa vontade e incentivo”, indicou.

Muito precisamos de rejuvenescer com a vossa presença e a vossa palavra nestes dias, para que a beleza do Evangelho resplandeça ainda mais, aqui e pelo mundo além, nestes tempos em que não faltam obstáculos ao desenvolvimento integral e pacífico dos povos e entre os povos. Povos de que os jovens aqui reunidos são rosto e expressão eloquente e promissora, mesmo os que chegaram de países onde as dificuldades não faltam”.

O patriarca de Lisboa identificou o pontificado de Francisco como uma inspiração para superar obstáculos, “com o entusiasmo e o compromisso de quem quer construir um futuro à altura das aspirações humanas e dos desejos de Deus”.”

“Muito obrigado, Santo Padre. Bem-vindo à nossa casa comum! Bem-vindos, também, todos vós, peregrinos desta Jornada! Aqui vos trouxe uma igual vontade de encontro, partilha e celebração do que mais vos move no caminho dum futuro solidário e fraterno, em cada povo e entre todos os povos”, declarou.

O Papa chegou ao Parque Eduardo VII em veículo aberto, saudado pela multidão que se concentrou desde a Avenida da Liberdade.

Após um programa de boas-vindas para os peregrinos, no altar-palco especialmente preparado para esta Jornada, segue-se um desfile com as bandeiras dos países dos participantes e os símbolos da JMJ.

Héber Marques, do grupo HMB interpretou uma música, acompanhando o desfile inaugural de 180 bandeiras.

Buba Espinho, juntamente com Rancho de Cantadores de Aldeia Nova de São Bento, apresenta ao Papa e aos peregrinos dos cinco continentes, o cante alentejano e a fadista Mariza o fado.

Tiago Bettencourt apresenta um tema original, acompanhado de 50 bombos de várias aldeias do Fundão.

A cerimónia conta com a participação do Coro e Orquestra da JMJ Lisboa 2023 e ainda do Coro ‘Mãos que cantam’, contabilizando mais de 300 pessoas.

Um tapete de flores foi construído durante a última noite por pessoas dos Concelhos do Sardoal, Vila do Conde, Viseu e Viana do Castelo.

A Jornada Mundial da Juventude, que decorre até domingo, em Lisboa, é um encontro internacional de jovens promovido pela Igreja Católica, que reúne centenas de milhares de participantes, em iniciativas religiosas e culturais, sob a presidência do Papa.

Até hoje houve 14 edições internacionais da JMJ – que decorrem de forma alternada com celebrações anuais em cada diocese católica: Roma (1986), Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019).

OC

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