Coordenador-geral da JMJ destaca a apresentação «espetacular» do grupo Ensemble 23 e lembra os pastéis de Belém que tardaram a chegar à mesa do Papa
Lisboa, 04 ago 2024 (Ecclesia) – O coordenador-geral da JMJ Lisboa 2023 afirmou que o Papa Francisco, em “milésimas de segundos”, avalia e muda o programa, valorizou a “simplicidade” da Via Sacra e considera um milagre a apresentação que aconteceu no parque Eduardo VII.
“Isso foi… Desde o início, conjugou-se tudo. Se fosse a versão inicial de tudo, não tinha nada a ver com o que aconteceu”, disse D. Américo Aguiar sobre a apresentação das estações da Via Sacra, na Colina do Encontro, no dia 4 de agosto de 2023.
Em entrevista à Agência ECCLESIA, o coordenador-geral da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) referiu-se ao palco, às coreografias, aos textos e disse que “sobrou uma versão muito simples e aquela que foi possível e, afinal, era na simplicidade que estava o segredo”.
“A Via Sacra da Jornada Mundial da Juventude, como fruto, como memória e como legado para o futuro, será um dos eventos muito especiais”, afirmou
D. Américo Aguiar refere muitos relatos que tem recebido e que falam do “impacto efetivo da vivência da Via Sacra da Jornada de Lisboa”.
O coordenador-geral da JMJ Lisboa 2023 recordou outras propostas para a Via Sacra, nomeadamente na frente Tejo, e da proposta de fazer uma apresentação na vertical, o que originou “problemas na estrutura que foi sendo redesenhada e readaptada”.
O cardeal D. Américo Aguiar valorizou o trabalho do grupo Ensemble 23, composto por 50 jovens, de 22 nacionalidades, que esteve reunido durante seis semanas a ensaiar a sua participação nos eventos centrais, valorizando a “novidade” da jornada de Lisboa.
“Isso é uma novidade da Jornada de Lisboa que convém sublinhar e já disse a Seul que é de repetir e de melhorar”, afirmou.
O coordenador-geral da JMJ afirma que o Ensemble 23 teve uma presença “pura e simplesmente brilhante”, nomeadamente na Via Sacra, onde a Cruz foi o elemento central.
“O peso de uma Cruz tinha de ser transportada e os gestos tinham de ser leves e bonitos e belos e verdadeiros, e ao mesmo tempo permitir que passasse do piso A para o piso B e da direita para a esquerda.Parecia um ballet!”, refere.
A Via Sacra na JMJ Lisboa 2023 apresentou, ao longo das 14 estações, uma reflexão sobre preocupações como a guerra, desemprego, solidão, dependência digital, perseguição religiosa e alterações climáticas, que foram apresentadas por jovens dos cinco continentes, acompanhadas por telas da autoria do padre Nuno Branco, a música e a coreografia.
Na entrevista, D. Américo Aguiar referiu-se também à presença do Papa no Parque do Perdão, onde mudou o local para confessar três jovens, evitando ser filmado diretamente, e recordou a ocasião em que o Papa se referiu à fama dos pastéis de Belém, durante o almoço com jovens dos vários continentes.
“Há um que lhe pergunta se gostou dos pastéis de Belém. E ele olha para mim e responde ao jovem: Já ouvi falar, já ouvi falar… Mas ninguém me trouxe aqui Pastéis de Belém”, recorda D. Américo Aguiar, que depois encontrou forma de fazer chegar pastéis de Belém à mesa, do Papa Francisco, nos dias seguintes, que “foram apreciados, muito apreciados”.
A entrevista ao coordenador-geral da JMJ Lisboa 2023 está a ser realizada quando se assinala um ano da jornada em Portugal, vai ser divulgada sinteticamente até ao dia 6 na Agência ECCLESIA e depois publicada integralmente numa obra da Paulus Editora.
PR