Líderes religiosos no Iraque pedem protecção para os cristãos

Após as explosões que atingiram na manhã do passado sábado cinco igrejas de Bagdad, os líderes cristãos de todas as confissões presentes no Iraque (Caldeus, Assírios, Latinos, Siríos, Greco-Ortodoxos e outros), expressaram a sua forte condenação por todos os actos de violência “que tentam minar a tradicional convivência entre as diversas crenças no Iraque”. Na declaração conjunta publicada pela agência do Vaticano para as missões, Fides, os responsáveis referem que “cristãos e muçulmanos convivem nesta terra há mais de 1400 anos e querem continuar a fazê-lo”. Os líderes cristãos renovam o seu desejo de paz e reiteram que as comunidades cristãs não se deixarão intimidar pelos recentes atentados. “Não deixaremos o nosso país, nós continuaremos aqui para construir um Iraque pacífico, livre, democrático e tolerante”, asseguram. No Iraque, o Islamismo é religião de Estado: 90% da população é de religião muçulmana, mas a Constituição reconhece a liberdade de culto. Entre católicos e ortodoxos, os cristãos no Iraque são cerca de 800.000, ou seja, 3 % dos 25 milhões de habitantes. Os católicos caldeus são a grande maioria, mais de 70%, com cerca de 600 mil fiéis. Num outro texto, a União Mundial Maronita, falando em nome de todos os católicos maronitas do Líbano, Médio Oriente, América e Europa, condena “o acto de agressão contra os cristãos no Iraque”, pedindo “uma campanha de sensibilização internacional para proteger os cristãos no Iraque”.

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