Núncio Antonio Mennini marca presença na conferência internacional de Londres
Londres, 29 Mar (Ecclesia) – O representante do Vaticano na conferência internacional sobre a Líbia, que se realiza hoje em Londres, espera que os participantes definam um “roteiro” para o restabelecimento da paz.
Em declarações à Rádio Vaticano, D. Antonio Mennini, núncio apostólico (embaixador) na Grã-Bretanha, pede que se “chegue, o mais rapidamente possível, ao fim dos confrontos armados, para poder começar a pensar num «road map» que restabeleça a paz”.
Após a aprovação na ONU de uma resolução para proteger civis alvo de ataques das forças armadas líbias, uma coligação internacional iniciou ataques contra alvos estratégicos das forças leais a Muammar Kadhafi, a 19 de Março, procurando travar a repressão militar da revolta lançada contra o regime.
A Santa Sé participa como observadora na reunião do grupo de contacto político sobre a operação militar na Líbia, em Londres, levando como mensagem fundamental o apelo deixado por Bento XVI este domingo, no Vaticano, pedindo o “começo imediato de um diálogo que suspenda o uso das armas”.
Para Antonio Mennini, é “muito importante estabelecer um programa destinado não só a definir as ajudas mais importantes, do ponto de vista material, mas também restabelecer verdadeiramente um estado de coisas baseado na justiça e na paz”.
“Nesta dimensão, acredito que a Igreja Católica na Líbia possa desempenhar um papel muito importante e imprescindível”, acrescenta.
De acordo com o ministério dos Negócios Estrangeiros britânico, que organiza a cimeira, o regime de Muammar Kadhafi “perdeu completamente a legitimidade” e os rebeldes são agora “parceiros políticos legítimos”.
Uma das propostas em discussão é a criação de um “grupo amplo” que, além da assistência humanitária, planeie o apoio a longo prazo ao país, preparando uma eventual transição política.
A representação portuguesa na reunião, assegurada pelo secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, e pelo embaixador junto da NATO, João Mira Gomes, junta-se às delegações de pelo menos 35 países.
OC/RM