Bento XVI condena ainda publicamente assassinato de ministro paquistanês
Cidade do Vaticano, 06 Mar (Ecclesia) – Bento XVI manifestou hoje “grande apreensão” pelos confrontos que têm alastrado a vários países africanos e asiáticos, alertando particularmente para a “crise humanitária” na Líbia.
“O meu pensamento sincero dirige-se para a Líbia, onde os recentes confrontos provocaram numerosas vítimas e uma crescente crise humanitária”, disse, após a oração do Angelus, no Vaticano.
A intervenção papal segue-se a várias declarações de responsáveis do Vaticano e comunicados da Santa Sé, após encontros com líderes internacionais, a respeito dos protestos contra o regime de Kadhafi, desde 15 de Fevereiro, que já provocaram centenas de mortes na Líbia – organizações humanitárias admitem que sejam milhares e o jornal da Santa Sé já falou mesmo em “massacre”.
O Papa deixou a sua “oração” e “proximidade” a “todas as vítimas e aos que se encontram em situação angustiante”, ao mesmo tempo que pedia “assistência e socorro para as populações atingidas”.
Depois dos levantamentos populares que levaram à queda do poder na Tunísia e no Egipto, nos primeiros meses de 2011, alastrando-se a outras regiões, Bento XVI disse seguir “continuamente e com grande apreensão as tensões” que se registam “em diversos países de África e da Ásia”.
Nesta intervenção, que qualificou como um “apelo”, o Papa aludiu ainda ao assassinato do ministro para as minorias, do Paquistão, Shahbaz Bhatti, morto a tiro nesta quarta-feira, em Islamabad.
“Peço ao Senhor Jesus que o comovente sacrifício da vida do ministro paquistânes Shahbaz Bhatti desperte nas consciências a coragem o empenho para tutelar a liberdade religiosa de todos os homens e, assim, promover a sua igual dignidade”, declarou.
Shabbaz Bhatti, de 42 anos, foi o primeiro católico a ocupar um cargo político desta relevância, no Paquistão, uma nação maioritariamente muçulmana.
OC