Líbia: «Estado deve proteger direitos fundamentais dos cidadãos», diz Vaticano

Representante da Santa Sé nas Nações Unidas «apoia qualquer esforço» para pacificar relações entre o Governo líbio e as populações descontentes

Genébra, Suiça, 25 Fev (Ecclesia) – O representante da Santa Sé nas Nações Unidas disse hoje que a instabilidade que percorre o Norte de África “torna urgente reafirmar que a principal responsabilidade do Estado é proteger os direitos fundamentais dos cidadãos”.

“A crise actual na Líbia é particularmente preocupante, por causa da perda injustificada de vidas humanas, o ataque a civis e manifestantes pacíficos e o uso indiscriminado de força” sublinhou o arcebispo Silvano Tomasi, em Genébra, na Suíça, enquanto participava na 15ª sessão sobre a situação dos Direitos Humanos, dedicada a esta matéria.

De acordo com a Rádio Vaticano, os confrontos entre os opositores ao regime de Muammar Kadhafi e os seus apoiantes e forças de segurança já terão feito mais de 10 mil mortos e 50 mil feridos.

O prelado disse que a delegação da Santa Sé na ONU “apoia qualquer tipo de esforço, no sentido de unir em diálogo honesto as forças governamentais líbias e as populações descontentes, para evitar uma escalada de violência, vingança e intimidação”.

 D. Silvano Tomasi teme especialmente pelo futuro das populações mais vulneráveis, os refugiados ou trabalhadors imigrantes ilegais vindos da África Subsaariana, que se podem tornar “bodes expiatórios de frustrações acumuladas”.

JCP

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