Líbia: Comissão Católica Internacional para as Migrações ajuda refugiados

Clima de violência e insegurança já levou cerca de 11 mil pessoas a quererem abandonar aquele país

Genebra, Suiça, 18 Mar (Ecclesia) – A Comissão Católica Internacional para as Migrações (ICMC) está a envidar esforços no sentido de atender a um número cada vez maior de pessoas que tentam escapar ao clima de violência na Líbia.

“A rapidez e o nível a que se tem desenvolvido esta crise humanitária representa para nós um grande desafio, face aos mecanismos que temos na região” realça Linda Besharaty, coordenadora do Programa de Desenvolvimento da ICMC, num comunicado oficial publicado hoje.

Desde 15 de Fevereiro, a contestação ao regime de Muamar Kadafi já provocou centenas de mortes e desencadeou um êxodo enorme, por parte das populações líbias, em busca de segurança.

O número de refugiados, somado aos pedidos de asilo entretanto emitidos, já abrange cerca de 11 mil pessoas, segundo os últimos dados recolhidos por aquela organização católica.

A maior parte destas populações em risco tem-se concentrado em dois campos de refugiados das Nações Unidas, situados no Egipto e na Tunísia.

Para solucionar esta questão, a ICMC já enviou para lá uma equipa de peritos, com objectivo de fazer um ponto de situação e, sobretudo, “identificar as pessoas que se encontram em situação mais vulnerável e que têm poucas ou nenhumas hipóteses de integração local ou repatriação voluntária”.

“Para essas pessoas e suas famílias, o realojamento num terceiro país, mais seguro, poderá ser a única solução credível, especialmente nos casos em que há crianças envolvidas, idosos ou mulheres a precisarem de cuidados médicos” salienta o comunicado da ICMC.

A Comissão Católica Internacional para as Migrações, com a aprovação da Santa Sé, trabalha com refugiados, deslocados e imigrantes forçados de todas as raças, credos e nacionalidades, albergando uma rede com mais de 300 especialistas em matéria de reinstalação.

Foi fundada em 1951, pelo Arcebispo Montini (futuro Papa Paulo VI) após a grande e trágica mobilidade de pessoas na Europa, sobretudo, Oriental, causada pela II Grande Guerra.

JCP

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Agência ECCLESIA

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