Líbia: Bispos americanos apelam a uma solução pacífica para o conflito

Pedem ainda ao Governo dos EUA e às Nações Unidas que tenham em conta «as implicações do uso da força para o futuro bem-estar do povo líbio»

Lisboa, 30 Mar (Ecclesia) – Os bispos americanos consideram que o envolvimento militar dos Estados Unidos no conflito da Líbia deverá ser marcado pela responsabilidade e privilegiar o respeito pela vida humana.

“O uso da força deve ser sempre o último recurso para uma causa justa”, sublinhou a Comissão Episcopal para a Justiça Internacional, numa carta enviada ao Conselheiro de Segurança Nacional americano, Thomas Donilon, publicada hoje pela Rádio Vaticano.

O bispo D. Howard Hubbard, presidente da referida Comissão, defendeu a “necessidade de um cessar-fogo e do fim completo da violência contra os civis” na Líbia.

Apesar das Nações Unidas autorizarem a comunidade internacional a recorrer à força, quando em causa estão as vidas dos cidadãos, o prelado não deixou de alertar para “as implicações do uso da força para o futuro bem-estar do povo líbio e para a estabilidade da região”.

Para garantir que as acções militares não impliquem a perda de mais vidas humanas, D. Howard Hubbard pede ao Conselho de Segurança das Nações Unidas para “acompanhar atentamente” todo o processo.

O conflito armado entre forças rebeldes e o Governo liderado por Muamar Kadhafi tem afectado gravemente a população civil, com mais de uma centena de mortes e milhares de feridos a registar.

De acordo com o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados, cerca de 380 mil pessoas já abandonaram a Líbia em busca de segurança, refugiando-se em países como o Egipto e a Tunísia.

JCP   

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