Lisboa, 23 ago 2011 (Ecclesia) – O bispo de Tripoli, D. Giovanni Innocenzo Martinelli, pediu “respeito” às forças em confronto pelo poder na Líbia, referindo que “a Igreja sempre esteve ao lado do povo”.
Em declarações ao serviço de informação da Conferência Episcopal Italiana (SIR), o vigário apostólico da capital diz que os sacerdotes e religiosas estão fechados nas suas casas, que são protegidas pelas autoridades.
“Não sabemos como a situação está a evoluir, pois sair de casa significa colocar a vida em risco”, indica.
Este responsável mostra a certeza de que “se o Conselho Nacional de Transição tomar o poder, como aconteceu em Bengasi [sede da rebelião], respeitará os lugares de culto”.
A agência do Vaticano, Fides, cita por seu lado religiosos mantidos no anonimato por motivos de segurança, adiantando que “até agora não aconteceu nada de preocupante com a comunidade cristã”.
“Segundo diversas fontes, os rebeldes já anunciaram que pretendem celebrar a conclusão do Ramadão [29 de agosto]”, em Tripoli.
Os testemunhos indicam que “parte da população já deixou a cidade e muitos dos que ficaram estão em situação de alerta”.
Violentos combates com uso de artilharia pesada decorreram esta manhã junto ao complexo residencial do coronel Muammar Kadhafi, num confronto entre as forças leais ao ditador e os rebeldes líbios.
OC
