Liberdade Religiosa: Pequim rejeita acusações do Vaticano

Oitava assembleia de representantes católicos chineses no centro do desentendimento

As críticas do Vaticano contra a Igreja oficial chinesa são “infundadas e imprudentes”, considerou hoje o departamento chinês dos assuntos religiosos citado pela agência Nova China, depois de o Vaticano ter acusado Pequim de reprimir a liberdade de culto.

As acusações de actos “inaceitáveis e hostis”, formuladas pela Santa Sé após a 8ª assembleia de representantes católicos chineses, são um “ataque contra a liberdade religiosa na China”, disse um porta-voz daquele departamento chinês.

“Este comportamento do Vaticano é extremamente imprudente, e infundado”, adiantou.

A Santa Sé lamentou, no último dia 17 de Dezembro, a realização de uma assembleia de “representantes católicos na China”, sem autorização do Vaticano, criticando duramente a “atitude repressiva” de Pequim em relação às religiões.

Em comunicado oficial, a Santa Sé considera que esta reunião foi “imposta a vários bispos, padres, religiosos e leigos” e fala em “actos inaceitáveis e hostis” por parte do regime comunista, em relação à Igreja Católica.

Para os responsáveis do Vaticano, trata-se de uma “grave violação” dos direitos humanos, em particular da liberdade “de religião e de consciência” de todo os que foram “forçados a tomar parte na assembleia”.

A oitava assembleia de representantes católicos chineses decorreu em Pequim, de 7 a 9 de Dezembro, apesar da oposição da Santa Sé e da resistência de muitos católicos do país.

Durante as reuniões, foi eleito o presidente nacional da assembleia patriótica católica (APC), controlada por Pequim, e o presidente do conselho dos bispos chineses, dois organismos que tentam edificar uma Igreja independente da autoridade do Papa.

Redacção/Lusa

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Agência ECCLESIA

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