Organização pontifícia vai abordar questão da liberdade religiosa no mundo
Lisboa, 28 abr 2015 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) vai ser ouvida hoje na Assembleia da República portuguesa, sobre a liberdade religiosa no mundo.
"Em sequência das várias apresentações do Relatório sobre a Liberdade Religiosa no Mundo e após ter sido recebida em audiência por Paulo Portas, vice-primeiro-ministro, no final do ano passado, a Fundação AIS, através da sua diretora, Catarina Martins de Bettencourt, foi convidada a apresentar o tema junto à Comissão de Direitos, Liberdades e Garantias da Assembleia da República", adiantou hoje a organização católica em comunicado.
A audiência terá lugar a partir das 15h00, visando analisar "a situação atual da liberdade religiosa no mundo", seguindo-se uma audição da Comissão da Liberdade Religiosa.
"Este é mais um passo no sentido da sociedade civil e dos decisores políticos reconhecerem a perícia e o trabalho que a Fundação AIS está a desenvolver precisamente na defesa e promoção da liberdade religiosa no mundo", refere a nota de imprensa.
Com esta iniciativa pretende-se "alertar para a situação atual das minorias religiosas perseguidas em muitos países por causa da fé, principalmente os Cristãos, e incluir a liberdade religiosa nas prioridades políticas de Portugal e da União Europeia para a defesa dos direitos humanos".
“A liberdade religiosa é, em primeiro lugar, um direito humano”, assinala a deputada Teresa Anjinho que subscreveu o requerimento que faz referência ao Relatório sobre Liberdade Religiosa (2012-2014) apresentado em novembro de 2014.
Segundo a AIS, a deputada do CDS/PP entende que a comissão parlamentar deve promover uma reflexão sobre liberdade religiosa no mundo sendo e para além da fundação pontifícia também deve participar a Comissão de Negócios Estrangeiros e Comunidades Portuguesas.
No seu sítio na internet, a fundação pontifícia recorda que o relatório sobre a Liberdade Religiosa no Mundo, apresentado de dois em dois anos, alerta para a situação “preocupante que se passa no Médio Oriente e nalguns países africanos e asiáticos”.
O relatório foi apresentado na Assembleia da República e a AIS foi recebida na altura pelo vice-primeiro-ministro (13 de novembro 2014), o qual destacou que Portugal tem defendido “sempre a liberdade religiosa e a tolerância religiosa” em diversos fóruns internacionais.
A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre é uma organização da Igreja Católica que depende diretamente da Santa Sé com a missão de “ajudar os cristãos onde quer que eles se encontrem perseguidos, refugiados ou em necessidade”.
Fundada no Natal de 1947, a AIS tornou-se uma fundação pontifícia da Igreja Católica em 2012; em Portugal, a fundação começou em 1995, com a abertura de um secretariado em Lisboa e, mais tarde, uma casa em Fátima.
AIS/CB/OC
