Lisboa, 10 mar 2021 (Ecclesia) – A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) alertou para a “realidade brutal” dos raptos e violência que atinge as jovens raparigas cristãs e hindus no Paquistão.
“Podemos dizer que de alguma forma o mundo ignora esta realidade brutal que atinge as jovens raparigas cristãs, mas também as hindus, do Paquistão, as duas principais minorias religiosas neste país muçulmano”, disse Paulo Aido em declarações à Agência ECCLESIA, emitidas hoje na RTP2.
O jornalista do secretariado português da AIS apresentou o caso concreto de Farrah Shaleen, uma jovem cristã de 12 anos de idade, que “foi raptada em junho” de 2020 e quando a policia a encontrou estava “algemada e acorrentada” na casa do sequestrador e “nem conseguia falar”.
“Foram seis meses em que foi violentada, abusada, maltratada; A história desta menina mostra bem como estas comunidades estão desprotegidas”, acrescentou.
Em fevereiro deste ano, o tribunal libertou Farrah Shaleen do raptor, um homem muçulmano de 45 anos de idade que “obrigou-a a casar”.
“O juiz mandou-a para junto da família porque o casamento não tinha sido registado junto das autoridades, e não por causa de tudo o que ela passou”, lamentou Paulo Aido.
O jornalista da fundação pontifícia observa os cristãos no Paquistão são “vítimas de intolerância” por ser uma minoria, “por serem pobres, por serem muitas vezes analfabetos” e que este é um exemplo.
“Estão desprotegidos perante a sociedade e a fundação AIS tem procurado pelo menos denunciar estes casos, alertar o mundo para esta realidade muitas vezes desconhecida”, explicou Paulo Aido.
PR/CB