Líbano: Presidente dos episcopados católicos pede solução para conflito israelo-árabe

Patriarca Béchara Boutros Raï diz que situação na Palestina é central para uma «paz justa e global» no Médio Oriente

Beirute, 16 set 2012 (Ecclesia) – O patriarca Béchara Boutros Raï, presidente da assembleia dos patriarcas e bispos católicos libaneses, defendeu hoje em Beirute uma solução “internacional” para os conflitos israelo-árabe e israelo-palestino.

Falando perante o Papa, numa missa que juntou mais de 350 mil pessoas na capital libanesa, segundo dados do Vaticano, o patriarca de Antioquia dos maronitas (rito oriental da Igreja Católica) disse que “a paz justa e global” no Médio Oriente está “estreitamente” ligada à situação na Palestina.

O responsável apelou a “resoluções pertinentes da legalidade internacional” e ao respeito pelos “interesses de todas as partes”.

“Como cristãos somos chamados a difundir o evangelho da paz nesta região [Médio Oriente] e divulgar os seus valores, de forma a assegurar a segurança para todos os grupos étnicos e religiosos”, prosseguiu.

D. Béchara Boutros Raï classificou como “histórica” a viagem de Bento XVI ao Líbano, iniciada na sexta-feira e que hoje se conclui, a primeira desde 1997, quando João Paulo II esteve em Beirute.

Segundo o patriarca, esta visita vai dar origem a uma “presença permanente” do Papa no Médio Oriente e representa um estímulo em “tempos de instabilidade” para os cristãos.

Bento XVI entregou hoje a exortação apostólica pós-sinodal ‘Ecclesia in Medio Oriente’ (A Igreja no Médio Oriente), recolhendo as conclusões do Sínodo dos Bispos de 2010, no Vaticano, que apresentou como um documento de “importância particular” para fazer sair os cristãos da “discriminação”.

O documento refere que “as posições da Santa Sé sobre os diversos conflitos que flagelam dramaticamente a região e a posição sobre o Estatuto de Jerusalém e dos Lugares Santos são amplamente conhecidas”.

Na mensagem final do Sínodo de 2010, os participantes do Médio Oriente defendiam uma “pátria independente e soberana” para a Palestina e que o Estado de Israel pudesse “gozar de paz e segurança dentro das fronteiras reconhecidas internacionalmente”.

OC

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