Papa assegurou «proximidade espiritual e comunhão em oração»

Cidade do Vaticano, 04 ago 2025 (Ecclesia) – O Papa Leão XIV lembrou os cinco anos da “trágica explosão” no porto de Beirute, a 4 de agosto de 2020, com uma mensagem de “proximidade espiritual e comunhão”, que foi lida numa vigília de oração, no Líbano.
“Compaixão a todos aqueles que têm o coração ferido e sofrem pela perda de seus entes queridos, bem como àqueles que foram feridos ou perderam tudo em consequência desta catástrofe”, manifestou o Papa, na mensagem assinada pelo secretário de Estado da Santa Sé, cardeal Pietro Parolin, citada pelo portal ‘Vatican News’.
Há cinco anos, no dia 4 de agosto de 2020, uma explosão num armazém com “toneladas de nitrato de amônio mal armazenadas” do porto de Beirute, a capital do Líbano, causou a morte de mais de 200 pessoas, cerca de 6500 ficaram feridas, e 300 mil pessoas perderam as suas casas.
Leão XIV assegurou “proximidade espiritual e comunhão em oração”, e convidou a meditar sobre a atitude e as palavras de Cristo diante da morte do amigo Lázaro, Jesus também “rezou ao Pai, fonte da vida, e para dar um sinal, ordenou a Lázaro que saísse do túmulo”.
“Suas lágrimas se unem às nossas diante da perda e do sofrimento de nossos entes queridos. Assim, Cristo está próximo de cada um de vocês; a esperança cristã encontra aqui a certeza de que Cristo é o Deus da vida e que a morte não tem e nunca terá a última palavra: Jesus é nosso Salvador”, desenvolveu o pontífice.
O Papa que reza “ao Pai misericordioso para que acolha, junto a Ele, em sua casa de descanso, luz e paz, todos aqueles que perderam a vida nesta explosão”, e convidou os libaneses e as famílias das vítimas “a olhar também para o céu, pois é lá que se encontra Deus, nosso Pai!”.
“Se diante do mistério da morte e do sofrimento permanecemos mergulhados na escuridão, o Senhor nos oferece a luz da fé! Essa é a nossa esperança diante da morte. E desde o nosso batismo, para aqueles que acreditam, uma porta se abriu para a casa do Pai, onde o próprio Deus nos espera.”

Leão XIV concedeu a bênção apostólica e agradeceu aos bispos, padres e religiosos que estão próximos e apoiam o povo, “ajudando-o a manter o olhar voltado para o céu e a caminhar na terra com esperança”.
A mensagem do Papa, assinada pelo secretário de Estado da Santa Sé, que assinala os cinco anos da “trágica explosão” no porto de Beirute foi lida neste domingo, dia 3 de agosto, pelo núncio apostólico no Líbano, D. Paolo Borgia, durante uma vigília de oração, que contou com a apresentação de testemunhos e foram abençoadas 253 oliveiras em nome das vítimas.
“As famílias das vítimas precisam de justiça e verdade sobre o que aconteceu. São mortes que ainda não encontram uma razão. Isso pesa sobre todo o país”, disse o arcebispo Paolo Borgia, ao portal de notícias online do Vaticano.
O ‘Vatican News’ informa que para além da vigília de oração foi também inaugurada a Rua das Vítimas do 4 de agosto; o primeiro-ministro libanês, Nawaf Salam, que participou nesta iniciativa, defendeu que “revelar a verdade e julgar os responsáveis não é uma exigência pessoal, mas uma causa nacional”.
CB/OC
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