Leiria, 18 jul 2012 (Ecclesia) – O padre Joaquim de Almeida Batista solicitou ao bispo de Leiria-Fátima a dispensa do cargo de pároco da Caranguejeira, devido a divergências na Direção do Centro Social local, pedido que o prelado deferiu.
Os administradores da instituição, presididos pelo sacerdote, dividiram-se relativamente ao vínculo laboral de um funcionário a quem a Segurança Social concedeu a reforma antecipada, esclarece uma nota enviada hoje à Agência ECCLESIA pelo Gabinete de Imprensa diocesano.
Alguns membros são da opinião de que o trabalhador, que também pertence à Direção, “deveria continuar a exercer funções e a ser remunerado por elas, o que não é legal nem ético”, sublinha o comunicado.
O sacerdote de 63 anos declarou que o conflito impedia a Direção de continuar em funções, posição que foi recusada por alguns membros.
Ao mesmo tempo “multiplicaram-se junto do Pároco diversas formas de pressão e animosidade no sentido de manter a Direção e o referido colaborador em funções”, pelo que o sacerdote entendeu que o processo “deveria ser gerido por outras pessoas”, a “bem da instituição e da paróquia”, explica a nota.
O bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, “agradece reconhecidamente ao P. Joaquim Batista o trabalho pastoral que realizou na Caranguejeira”, e mantém-no nas funções de diretor do Departamento de Pastoral Social da diocese e assistente da Cáritas local.
O prelado dirige “uma saudação afetuosa” aos paroquianos da Caranguejeira, 150 km a norte de Lisboa, e pede-lhes que se “esforcem por criar condições de convivência fraterna, no serviço desinteressado da comunidade e no respeito pelos princípios cristãos e pelos valores humanos”.
No mesmo documento o bispo informa que confiou o cargo de administrador paroquial da Caranguejeira ao vigário geral da diocese, padre Jorge Guarda, a quem requer “a procura de soluções que promovam o espírito cristão e o bem comum” dos fiéis, “em particular dos idosos e mais carenciados”.
RJM/OC