D. António Marto alerta para agravamento futuro da situação, face ao impacto da pandemia
Leiria, 29 jun 2021 (Ecclesia) – A Diocese de Leiria-Fátima divulgou hoje o resumo das contas dos seus fundos Económico e do Clero, relativas ao ano de 2020, com saldos negativos em que os efeitos da crise pandémica “ainda não se fazem sentir”.
“Sentir-se-ão nos relatórios dos próximos anos, o que nos vai exigir medidas de poupança e de angariação de fundos para garantir a sustentabilidade dos serviços diocesanos, as remunerações e o apoio ao clero idoso”, escreve o cardeal D. António Marto, na nota que acompanha a publicação.
O Fundo Diocesano do Clero teve saldo negativo de 39,7 mil euros e o Fundo Económico Diocesano apresenta um saldo negativo de 5200 euros; neste último caso, o contributo do Santuário de Fátima representa mais de metade das receitas registadas.
“A Diocese de Leiria-Fátima é uma vasta comunidade que integra 73 paróquias e outras instituições com relativa autonomia e administração própria. Do ponto de vista económico, tanto a nível diocesano como paroquial, a sustentabilidade da Igreja depende principalmente da partilha de bens dos fiéis, das famílias e das instituições”, assinala o bispo diocesano, na mensagem publicada online.
O Fundo Económico Diocesano “recolhe as ofertas, contributos e rendimentos para garantir os meios necessários ao bispo e seus colaboradores no governo da Diocese, para a vida e atividade desta, incluindo as remunerações de padres e leigos ao seu serviço”.
Já o Fundo Diocesano do Clero, alimentado por donativos e contributos de pessoas e instituições, “tem como finalidade prover à condigna sustentação dos sacerdotes e diáconos”, quando o não podem fazer as paróquias, instituições ou serviços onde exercem o ministério, ou como complemento à pensão dos que se encontram na situação de reforma.
Entre os dados publicados pela Diocese, refere-se que o Fundo Diocesano do Clero gastou 100 mil euros com o complemento de reforma dos padres idosos e 20 mil euros com complementos de remunerações.
O Fundo Económico Diocesano assegurou 242 mil euros para “remunerações e encargos” e 153 mil euros para “gastos com evangelização, formação e subsídios”.
“A publicitação das contas é um meio de dar a conhecer este aspeto da vida da nossa Igreja Diocesana, de agradecer aos fiéis a sua generosidade e de assumirmos o compromisso de administrar fielmente os bens que nos são confiados para o cumprimento da missão eclesial no mundo”, indica o cardeal D. António Marto.
O relatório completo obteve o parecer favorável do Conselho Diocesano para os Assuntos Económicos e foi dado a conhecer na Assembleia do Clero, a 22 de junho.
OC