Padre Cristiano Saraiva destaca que «todos se envolveram» para dar «sentido de comunhão»
Leiria, 18 jun 2018 (Ecclesia) – O coordenador da Comissão Organizadora da ‘Festa da Fé’, na Diocese de Leiria-Fátima, afirmou que a iniciativa deu sentido de “pertença comum a uma identidade”.
O padre Cristiano Saraiva recorda à Agência ECCLESIA que quando abriram o mapa gigante algumas pessoas, “de uma ponta da diocese”, à procura da sua igreja paroquial foram encontrando outras e ouviu-se a expressão: “Não sabia que esta terra era da nossa diocese”.
“Apesar de sermos uma diocese pequena este não conhecimento, se calhar, esbateu-se um bocadinho. As pessoas puderam ver o mapa, visualizar a maquete da igreja da outra comunidade e, sobretudo, interagir uns com os outros”, desenvolveu o sacerdote.
Este domingo, pelo encerramento da festa diocesana, o responsável explicou que o evento se propôs cumprir o mandato de “festejar, sair e escutar”, do bispo D. António Marto, na sua Carta Pastoral.
“Festejar, por razões óbvias, é a festa; sair, viemos para as ruas da nossa cidade, o centro da nossa Diocese de Leiria-Fátima; escutar, porque também propusemos ambientes de escuta da Palavra, de escutarmos uns aos outros na mais diversidade de cada um e escutar o que é o outro e dizer o que cada um é”, desenvolveu.
A ‘Festa da Fé’, intitulada ‘Alegria de ser Igreja’, ao longo de três dias proporcionou momentos de celebração, música, cinema, conferência, exposições e tasquinhas, desde sexta-feira até este domingo.
O Mercado de Sant´Ana recebeu a festa de carismas, o jardim Luís de Camões foi o palco da música e lugar de convívio e a Praça Paulo VI recebeu o mapa diocesano.
“Todos se envolveram na realização desta festa para darmos este sentido de comunhão, união, entre esta igreja que é a Igreja de Leiria-Fátima”, salientou o padre Cristiano Saraiva.
Segundo o coordenador da Comissão Organizadora da ‘Festa da Fé’, os promotores tentaram desenvolver atividades para todos, “desde as crianças mais pequeninas até aos idosos”, abrangendo todas as idades e a diversidade de movimentos/pastoral.
“Esta pertença comum a uma identidade, identidade da Igreja local que é a Diocese de Leiria-Fátima, que atividades como esta solidificam este sentido de pertença”, acrescentou.
Já o diretor do Secretariado Diocesano da Catequese de Leiria-Fátima explicou que se procurou organizar uma presença onde todas as idades e anos “pudessem ter uma atividade de festa e celebrar a alegria de serem Igreja”.
“Mais do que aprender muitas coisas, o estar uns com os outros, e verem a presença das várias paroquias, de outros grupos, este envolvimento e de sentirem-se Igreja”, referiu o padre José Henrique.
“É fazer a memória, mas sobretudo olharem para a realidade do presente e aquilo que é o projeto de futuro”, acrescentou.
Os adolescentes e jovens do 8.º ao 10.º ano da catequese participaram num peddy-paper na cidade, onde passaram “por lugares significativos” e construíram um livro com a história da Igreja de Leiria-Fátima.
As atividades do 1.º ao 4.º ano e do 5.º ao 7.º foram “mais centradas e simples”. mas viram e viveram a realidade festiva.
A Diocese de Leiria-Fátima está a comemorar e a celebrar os 100 anos da restauração do seu bispado: ‘Quo vehementius’ é o nome da Bula que foi assinado pelo Papa Bento XV, a 17 de janeiro de 1918.
PR/CB/OC