Leiria-Fátima: Diocese reprova exploração comercial de Missas e promessas

Vigário-geral soma-se ao Santuário para contrariar ligação da Igreja Católica a negócios com celebrações religiosas

Leiria, 22 dez 2016 (Ecclesia) – O vigário-geral da Diocese de Leiria-Fátima emitiu uma declaração em que se “reprova” o aproveitamento comercial de Missas, promessas e artigos religiosos em Fátima.

A nota assinada pelo padre Jorge Guarda refere que a comunicação social tem noticiado “iniciativas de caráter comercial e atendimento a pessoas que precisam de ajuda espiritual”, em Fátima, oferecendo serviços pagos de “encomendas de Missas, pagamento de promessas ou difusão de objetos religiosos benzidos por sacerdotes”.

“O bispo de Leiria-Fátima reprova a transformação da devoção religiosa e das expressões de fé em produtos comerciais e o seu aproveitamento para fins lucrativos”, adianta o comunicado da diocese.

A tomada de posição surge depois de o Santuário ter emitido uma declaração de repúdio sobre o mesmo tema.

O vigário-geral da Diocese de Leiria-Fátima precisa, em relação aos pedidos para a celebração de Missas por intenção dos fiéis, que o Direito Canónico determina que “se evite inteiramente qualquer aparência de negócio ou comércio” (cf cân. 947).

Por isso, através desta nota oficial divulgada pelo padre Jorge Guarda, o bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, “repudia a mediação lucrativa para a celebração de Missas”.

“O pedido de intenções de missas, por intenção particular dos fiéis católicos, deve ser feita gratuitamente junto dos sacerdotes ou de instituições religiosas credíveis. E pode ser feito nas paróquias onde as pessoas residem”, precisa o documento.

A declaração considera que “não é aceitável a venda de objetos religiosos” por quantia acima do seu valor comercial, alegando terem a “bênção de sacerdotes”.

“Esta é sempre gratuita e não pode ser aproveitada abusivamente para exploração económica de pessoas em situação de fragilidade”, acrescenta o texto.

A Diocese de Leiria-Fátima alerta os fiéis para que “não se deixem enganar” por ofertas e “promessas fáceis” de serviços ou benefícios religiosos.

OC

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