Leiria-Fátima: Diocese despediu-se da peregrinação dos símbolos da JMJ, dois meses antes do encontro mundial

«Queremos que os jovens percebam com esta Jornada que a Igreja também é dos jovens» – Inês Gaspar

Foto: SDPJ Leiria-Fátima

Alcanena, 01 jun 2023 (Ecclesia) – A Diocese de Leiria-Fátima despediu-se esta quarta-feira dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude, na Paróquia de Minde, entregando a cruz e o ícone de Nossa Senhora à Diocese de Santarém, após um mês de peregrinação.

“Este mês foi uma bolha. Acompanhei estes símbolos quase diariamente, pelo menos semanalmente, e era uma bolha. Uma pessoa, estando junto deles e estando com estas pessoas que eles trazem, fica numa bolha de emoções que esquece o trabalho, esquece os problemas, esquece tudo, e depois chega a hora de ir para o trabalho e percebemos que não é só esta bolha”, disse Inês Gaspar, do Comité Organizador Diocesano (COD) de Leiria-Fátima, à Agência ECCLESIA.

Leira-Fátima foi a 19ª diocese de Portugal a receber a peregrinação da Cruz e do ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), entre 30 de abril e 31 de maio, e, segundo a jovem entrevistada, de 25 anos, ficou “uma certeza”.

“Desta peregrinação fica uma certeza de que Deus está sempre connosco, que aqueles símbolos não são só um bocado de madeira, são a história de todas as pessoas que já passaram por eles, e é esta certeza que vai comigo, esta certeza da confiança de que Deus deposita em nós, e nós temos de depositar nele”, explicou Inês Gaspar.

O padre André Batista, coordenador do COD Leiria-Fátima, afirmou que “foi uma alegria enorme” ter acolhido estes símbolos “num mês tão especial para a diocese, no mês de maio”, recordando que a peregrinação começou na Sé e terminava na Paróquia de Minde, no nicho de Nossa Senhora, após a Eucaristia e uma caminhada.

“Para além da experiência de fé, de encontro com Cristo, e com Maria que estes símbolos transmitiram. Tudo o que aconteceu foi resultado da dedicação de muita gente por toda a diocese”, salientou o sacerdote, a quem se associou a esta passagem dos símbolos.

O bispo de Leiria-Fátima também agradeceu “a todos os que tornaram possível” esta peregrinação diocesana, lembrando que passaram por muitos sítios e “nunca” vai “esquecer alguns deles, foram tantas ocasiões bonitas”.

“Há uma que não esqueço, que é a da prisão de jovens em Leiria. Quero que esta visita de Maria também os ajude neste percurso, particularmente a pensarem e sonharem com uma vida melhor”, destacou D. José Ornelas, na celebração de despedida.

Segundo Inês Gaspar, tocar nos símbolos da Jornada Mundial da Juventude “é a sensação de um abraço”, e recorda a primeira vez que viu a cruz e o ícone mariano: “Aquela cruz de braços abertos é mesmo um abraço, e eu digo que tinham muito pó porque faziam-me lacrimejar um bocadinho, foi um abraço deste Deus que é pai, que é filho e que é irmão e é este abraço que eu levo comigo destes símbolos”.

“Fica-nos sobretudo a bênção daquilo que vocês levam no coração, isso é que é muito importante”, acrescentou o bispo diocesano D. José Ornelas, no nicho de Nossa Senhora de Minde.

Depois da peregrinação da Cruz e do ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani que, agora, estão na Diocese de Santarém a anunciar a JMJ 2023, que decorre de 1 a 6 de agosto em Lisboa, a Diocese de Leira-Fátima continua a preparar-se para receber peregrinos nos ‘Dias nas Dioceses’, que se realizam antes da Jornada Mundial da Juventude, de 26 a 31 de julho.

“Aquilo que queremos é que esta Jornada faça com que os jovens na Igreja tenham cada vez mais voz e mais papel, queremos que os jovens percebam com esta Jornada que a Igreja também é dos jovens. A Igreja é de todos nós e acreditamos que esta Jornada Mundial da Juventude vai fazer com os que jovens percebam que temos um papel muito importante na Igreja”, desenvolveu Inês Gaspar.

CB/OC

 

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Agência ECCLESIA

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