Leiria-Fátima: Diocese celebrou padroeiro, evocando Santo Agostinho como inspiração para «Igreja sinodal»

D. José Ornelas apontou necessidade de «transformação pastoral» e de nova linguagem

Leiria, 29 ago 2024 (Ecclesia) – A Diocese de Leiria-Fátima celebrou esta quarta-feira a festa de Santo Agostinho (354-430), um dos seus padroeiros principais, que D. José Ornelas evocou como inspiração para uma “Igreja sinodal”.

“Hoje, quando falamos de uma Igreja sinodal e da transformação pastoral das nossas dioceses, o nosso padroeiro, Santo Agostinho, continua a ser uma enorme inspiração. Ele nos ensina a buscar uma linguagem que possa ser compreendida pelo povo de hoje, sem inventar nada de novo, mas expressando de modo claro e compreensível o que já é tradição da fé”, referiu o bispo diocesano, na homilia da celebração, enviada hoje à Agência ECCLESIA.

O responsável católico considerou que essa linguagem é “essencial para que a Igreja possa transformar a vida das pessoas, viver a fé de forma plena e anunciar o Evangelho, numa sociedade que tanto necessita”.

“A alternativa a essa vivência plena da fé seria a divisão, tanto dentro como fora da Igreja. Mas o que Deus nos propõe, e que Santo Agostinho exemplifica, é uma maneira de ser Igreja que acolhe o dom de Deus, que partilha entre todos nas comunidades, e onde cada um contribui para o projeto de Deus”, acrescentou D. José Ornelas.

O bispo de Leiria-Fátima pediu que a Igreja tenha a capacidade de “abrir-se sempre ao mundo”.

Agostinho, com uma linguagem clara e conciliadora, procurou explicar o verdadeiro sentido da fé. Ainda hoje, Santo Agostinho é lido como um dos grandes mestres da fé e continua a ser refletido e estudado, servindo como guia para o tempo em que vivemos”.

A celebração, na igreja de Santo Agostinho, contou com a presença de vários responsáveis de serviços e conselhos diocesanos, movimentos e associações, segundo nota da diocese.

D. José Ornelas recordou que Santo Agostinho trabalho para a “reforma da Igreja a partir de dentro”.

“Agostinho também se dedicou à reorganização da sua diocese como bispo. Ele acreditava que quem preside não é um chefe, mas sim alguém que orienta e ajuda toda a comunidade a buscar o rosto de Deus”, precisou.

A Diocese de Leiria-Fátima informa que, no início da celebração, foi benzida uma nova cadeira da presidência, oferecida por uma carpintaria de Ourém à paróquia de Leiria, destinada à igreja de Santo Agostinho.

OC

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Agência ECCLESIA

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