Leiria-Fátima: Celebrações do centenário do Escutismo na diocese arrancam em outubro e prolongam-se ao longo de 15 meses

Marinha Grande acolheu apresentação do programa de celebrações, que termina com um congresso em 2025

Foto: Diocese de Leiria-Fátima

Marinha Grande, 18 jun 2024 (Ecclesia) – A Junta Regional de Leiria-Fátima apresentou esta segunda-feira, no Edifício de Resinagem, Marinha Grande, o programa das comemorações dos 100 anos do Escutismo na diocese, que arranca este ano.

“De outubro de 2024 a dezembro de 2025, serão 15 meses de celebração, coincidindo com o ano escolar; esperamos que este ano seja de grande alegria e felicidade, não só entre os escuteiros, mas também com toda a comunidade”, afirmou o chefe da Junta Regional de Leiria Fátima do Corpo Nacional de Escutas (CNE), Pedro Nogueira, informa a diocese.

O calendário de comemorações tem início no Parque Municipal de Exposições da Marinha Grande, com a abertura do ano escutista 2024/2025, em que vão participar todos os 34 agrupamentos da diocese.

A Junta Regional de Leiria-Fátima aproveitou a realização do JOTA JOTI, maior evento de escutismo do mundo, que se concretiza entre 19 e 20 de outubro e que tem a sede do evento na Marinha Grande, para aliar as duas iniciativas.

Mais tarde, em fevereiro de 2025, assinala-se o dia do fundador do Escutismo, Baden-Powell, que se realiza no fim de semana e com um programa mais alargado, “com atividades espalhadas pela cidade e um grande festa aberta à comunidade”, adianta o dirigente Pedro Nogueira.

Dentro da programação das comemorações dos 100 anos está também incluída a participação na peregrinação regional a Fátima, que envolve congregações e movimentos da Igreja, estando prevista decorrer nos dias 5 e 6 de abril.

Entre as novidades está a concretização de um arraial escutista, no dia 21 de junho de 2025, com o objetivo de ser uma mostra das atividades dos agrupamentos, com local ainda a designar.

“Inicialmente pensámos em Leiria, mas como Leiria já vai ter o Dia do BP e o Dia da Região, gostaríamos que, se outro município estivesse disposto a acolher o arraial não nos importaríamos de o realizar lá”, referiu Pedro Nogueira.

O ano de 2025 encerra com um congresso, onde os escuteiros mais jovens vão poder expressar as opiniões que têm sobre o futuro do escutismo na região.

O bispo de Leiria-Fátima foi um dos intervenientes na apresentação, assinalando a importância de assinalar o centenário do movimento de escutismo.

“Penso que esta data é muito importante e muito significativa para aquilo que nós somos hoje, num mundo onde os nossos jovens, todos falamos de jovens e temos dificuldade de mobilizá-los, de fazê-los participar nas coisas ou então participam do modo que é típico deles”, assinalou.

D. José Ornelas afirmou que o “desafio lançado pelo escutismo é importante”, já que passa por “implicar os jovens e torná-los aptos para serem agentes de transformação, a partir de uma experiência de viver em conjunto com ideais comuns”.

“Ter um movimento como o escutismo, a nível mundial, que o faz desde sempre com uma pedagogia e paixão que se sente desde os mais novos aos mais velhos, é algo notável, é transgeracional”, salientou, considerando o escutismo sempre atual apesar de ter um século de existência.

O bispo de Leiria-Fátima relacionou ainda a presença do escutismo no processo sinodal em curso, referindo que o Corpo Nacional de Escutas é “uma forma de abertura de uma Igreja que não se fecha dentro dos seus edifícios, mas que olha para o mundo; os escuteiros são intermediários desse relacionamento dinâmico e criativo”.

O presidente da Câmara Municipal da Marinha Grande, Aurélio Ferreira, integrou também a conferência de imprensa, destacando que “celebrar 100 anos não é algo trivial”.

“Se chegámos até aqui é porque há muito mérito envolvido, algo fundamental de se entender: a importância de 100 anos numa instituição ou organização; poucas são as que conseguem essa longevidade, mas o escutismo conseguiu, e acredito que continuará”, ressaltou.

LJ/OC

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