Fátima, 02 jan 2017 (Ecclesia) – O bispo da Diocese de Leiria-Fátima evocou no final de 2016 uma “longa lista de problemas não resolvidos”, aos quais acrescem novas tensões, fraturas e conflitos.
“A dor do mundo parece que vai aumentando e as mortes de tantos «santos inocentes» parecem eclipsar as esperanças geradas pelos «nascimentos» de tantas iniciativas e gestos de solidariedade e de paz”, disse D. António Marto na homilia da Missa com ‘Te Deum’ a que presidiu no Santuário de Fátima no último dia de 2016.
O prelado explicou que o drama humano “suscita o aparecimento de pequenos ou grandes gestos de bondade, amor e solidariedade” mesmo se não fazem notícia nos telejornais.
Neste contexto, referiu que “é necessário refazer ou recompor” um mundo que se está “a desfazer, a descompor”.
Para D. António Marto “importa nunca desanimar” e observou que onde se gera um novo sofrimento “surge gente concreta que se solidariza com quem sofre, que partilha o que tem” ou que se arrisca pelos outros, “contra a injustiça”.
“Pudemos ver isso no drama dos refugiados, nas situações de terrorismo, nos conflitos do Médio Oriente, no terramoto do Haiti ou aqui mais perto de nós por ocasião dos incêndios na Madeira”, desenvolveu, na Basílica da Santíssima Trindade.
Antecipando o 50.º Dia Mundial da Paz, celebrado no dia 1 de janeiro, D. António Marto destacou a mensagem “muito pertinente” do Papa Francisco que “alerta para a necessidade de uma nova cultura da não-violência ativa como estilo de vida”.
O Santuário de Fátima está a celebrar o Centenário das Aparições de Nossa Senhora aos pastorinhos (1917-2017) e bispo diocesano convidou os fieis a viver esse jubileu “em ação de graças e como uma experiência forte de graça e de paz” com a presença e o impulso do Papa Francisco que vai estar como peregrino ao santuário nos dias 12 e 13 de maio.
O carrilhão da Basílica de Nossa Senhora do Rosário tocou no início do ano novo de 2017 e foi “acompanhado” pela Consagração ao Imaculado Coração de Maria e gesto de Paz e a noite terminou com um convívio na Casa de Retiros de Nossa Senhora das Dores.
CB/OC