As boas práticas éticas e a eficiência económica «não são incompatíveis entre si»
Marinha Grande, Leiria, 21 mai 2012 (Ecclesia) – O bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, apelou aos empresários da Marinha Grande, esta sexta-feira, “uma nova cultura de solidariedade” que mostre como “as boas práticas éticas e a eficiência económica não são incompatíveis entre si”.
Num tempo de crise, o prelado refere que estas podem ser uma mais-valia para as empresas, já que “o desenvolvimento integral é impossível sem o homem ético”, lê-se no site da diocese de Leiria-Fátima.
Na sua reflexão sobre «A Responsabilidade Social da Empresa» – organizada pelo Grupo Vicarial de Dinamização Pastoral da Marinha Grande (integra as paróquias Marinha Grande, Maceira, Pataias e Alpedriz) – o prelado manifestou o seu apreço pelos que “desenvolvem nas empresas o seu esforço ao serviço do bem comum” e lembrou que essa tarefa não deverá ser “uma mera profissão ou emprego”, mas sim “o concretizar de uma vocação e uma forma de realização pessoal”.
Segundo D. António Marto, a empresa “está para o tecido económico como a família está para a sociedade, sendo um bem social inestimável, uma vez que contribui para a erradicação da pobreza”.
Por outro lado não deixou de acusar a “desregulação dos mercados”, que, na procura do lucro imediato e fácil da economia virtual, acabam por conduzir à crise na economia real.
Noutra linha, o bispo de Leiria-Fátima apontou a necessidade de valorizar o “capital imaterial” ou “bens relacionais”, tais como a estima e a relação pessoal, e de promover um aumento da qualidade em todos os aspetos, bem como da honestidade.
E, finalmente, defendeu uma “ética do consumo” ou “responsabilidade social do consumo”, lembrando que este não é apenas um ato de compra e venda, mas deverá ser uma opção responsável, capaz de influenciar a oferta de bens e serviços das empresas.
LFS