Jornada Diocesana decorreu no Funchal
O papel dos leigos na missão da Igreja é específico e insubstituível, disse o Bispo do Funchal, para quem os leigos fazem a ponte entre a Igreja e o mundo, no sentido em que colaboram com os bispos, os sacerdotes e os religiosos em geral, e exercem as suas responsabilidades no meio onde estão inseridos.
De acordo com D. António Carrilho, “os leigos participam da mesma missão eclesial em corresponsabilidade”, pelo que “é importante que todos assumam a sua quota-parte, participando na sua actividade própria, específica”.
“A missão concreta da evangelização não pertence apenas ao Bispo ou aos padres”, há que “mobilizar-se e participar”, disse o Bispo do Funchal na II Jornada dos Leigos. A realização deste encontro, que decorreu este Sábado no Convento de Santa Clara, teve “como objectivo principal ajudar a consciencializar a missão que é própria da Igreja e o que lhe compete fazer”.
“É preciso colocar as pessoas diante das realidades humanas, sociais, culturais, eclesiais e religiosas, para que a nossa acção apostólica seja assumida não em abstracto, mas em concreto, como resposta à vida das pessoas, àquilo que são as suas necessidades”, considerou D. António Carrilho.
O documento “Christifideles Laici”, do Papa João Paulo II, e os 75 anos da Acção Católica Portuguesa foram também apresentados como exemplo de uma actualidade flagrante e incentivadores de uma “prática” que não dispensa os cristãos de “agirem no seu tempo”.
“O movimento da Acção Católica apostou bastante na leitura dos sinais dos tempos, no compromisso das suas responsabilidades sociais; e queremos que este mesmo espírito do ‘ver, julgar e agir’ continue hoje a inspirar todos os Movimentos eclesiais, mesmo os de maior espiritualidade. Queremos que esta consciencialização seja assumida não apenas por algumas instâncias da Igreja, mas por todo o Povo de Deus”, acrescentou.
Redacção/«Jornal da Madeira»