Leigos para o Desenvolvimento preparam-se para partir em missão

Missa enviou 18 novos leigos. Quatro renovam por mais um ano de missão

A antecipação e expectativa dos projectos que vão integrar foram os sentimentos experimentados pelos 18 novos leigos que este ano partem em missão. Os novos voluntários, que se vão juntar ao quatro leigos que renovam por mais um ano a sua missão nos projectos que os Leigos para o Desenvolvimento mantêm há mais de 20 anos, foram, simbolicamente enviados, numa celebração eucarística que decorreu este Domingo.  

Este ano os Leigos para o Desenvolvimento registaram uma descida, comparativamente aos anos anteriores, de pessoas a partir em missão. A incerteza sobre o futuro “condicionada pela crise que atravessamos”, ou um decréscimo resultante de outros factores são motivos que Ricardo Goulão, secretário geral adjunto dos Leigos para o Desenvolvimento, não confirma. O responsável afirma antes ser “cedo para perceber se é uma tendência ou um fenómeno deste ano devido à crise”.

Ricardo Goulão assinala, no entanto que, se há altura em que “faz mais sentido colocar os nossos dons a render é esta”.

A crise sentida nos países considerados desenvolvidos, não tem grande impacto nas missões locais. “Uma escolinha no Niassa dificilmente percebe a instabilidade financeira mundial”, reconhece o responsável. “O impacto é perceptível na menor ajuda que recebemos. Sente-se a maior preocupação com o que está cá e não o que se passa noutros países”, lamenta.

Educação, saúde e promoção social continuam a ser os pilares dos projectos que os Leigos para o Desenvolvimento mantêm nos países de missão. “Apostamos na continuidade e não somos impacientes”, frisa Ricardo Goulão.

Os leigos que vão partir passam por nove meses de formação. “Muito ricos mas que não escondem que o importante é a prática”, explica Ricardo Goulão. As diferenças culturais e as dificuldades não serão surpresa, mas, aponta o secretário geral adjunto, “preparamo-nos para ir de encontro a essas realidades e para na oração, nos fortalecermos”.

Os novos 18 leigos vão dar continuidade a projectos que estão no terreno. Mas este ano, haverá menos uma missão. “Decidimos não abrir a Beira. Foi aberta o ano passado e considerámos ser importante haver um período de pausa porque existem coisas a acertar e a tornar mais consolidadas”.

Quatro leigos renovam por novo ano. Esta renovação é encarada como uma prática real da continuidade em que os Leigos para o Desenvolvimento apostam.

“Na sua liberdade e fazendo um ano estipulado de missão é verdade que apontamos a diferença que se pode fazer no segundo ano”, explica. Na prática “consegue-se fazer mais no segundo ano do que no primeiro”, destaca, indicando a adaptação à realidade como um factor que “leva o seu tempo”.

Quem renovou “levou em consideração a diferença que pode fazer em mais um ano de doação”.

A partida dos voluntários vai começar na próxima Quinta-feira. De tarde partem duas leigas para Timor-Leste e à noite seguem três leigos para São Tomé e Príncipe. As partidas para Moçambique e Angola vão ocorrer em Outubro.

Angola é o país que mais leigos acolhe, este ano com oito, seguido de Moçambique com sete.

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Agência ECCLESIA

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