“Valorizar a diversidade de carismas, movimentos e grupos no seio da sociedade e da Igreja, de acordo com a especificidade de sexo, idade e condição sociocultural” – foi umas das conclusões das VIII Jornadas Nacionais do Apostolado dos Leigos, realizadas em Fátima, de 14 a 16 de Fevereiro. Uma actividade onde os participantes reflectiram sobre a “Interacção positiva dos grupos humanos na sociedade e na Igreja: homens e mulheres; jovens e idosos”. Neste sentido, consideraram que o Apostolado dos Leigos deverá ter como pano de fundo a identidade dos seus agentes e dos seus destinatários, na qual se destacam dois elementos fundamentais: “a dimensão biológica da pessoa e o seu contexto social e histórico” – referem as conclusões finais. Nesta linha, os participantes tomaram consciência “das circunstâncias específicas que marcam, de modo particular, a situação actual da sociedade portuguesa, no sentido de melhor poder avaliar as condições de construção das identidades pessoais” com a finalidade de superar os “problemas que especialmente a afectam”. A capacidade de influenciar e ser influenciado constitui a base teórica “da nossa acção como militantes na sociedade e na Igreja, evitando, assim, os extremos do triunfalismo e do imobilismo”. Neste contexto apela-se para o significado que a “identidade cristã pode representar, como estratégia de sobrevivência identitária na complexidade e adversidade da sociedade actual” – finaliza. Os participantes nestas Jornadas manifestaram ainda a sua preocupação “ante a grave iminência de uma guerra no Iraque”. Partindo do princípio fundamental da importância decisiva do diálogo diplomático, como recurso “normal de resolução de conflitos internacionais”, apelam “a todos os decisores políticos, no sentido de promoverem, sem desfalecimento, todas as estratégias necessárias a favor da Paz”- afirma o comunicado do Conselho Nacional de Movimentos e Obras. E adianta: “a guerra nunca é uma fatalidade é sempre uma derrota para a humanidade”.
