Associação incentiva à promoção de uma «sã democracia»
Lisboa, 12 jan 2022 (Ecclesia) – A Associação dos Juristas Católicos de Portugal apela aos partidos candidatos às eleições legislativas, de 30 de janeiro, que definam com “clareza as suas propostas” e destaca 11 princípios fundamentais, na linha da Doutrina Social da Igreja.
Numa nota enviada hoje à Agência ECCLESIA, a organização afirma que várias das questões que apresenta “não são abordadas na campanha eleitoral” e, por vezes, nem sequer nos programas eleitorais.
“Foi o que sucedeu na passada legislatura com as propostas de legalização da eutanásia e do suicídio assistido, de regulamentação da aplicação nas escolas da lei da ‘autodeterminação da identidade de género’, de legalização da comercialização da canábis, ou do alargamento dos prazos de gestação em que seria legal a prática do aborto”, exemplifica.
Na nota ‘Uma Sã Democracia’, publicada no contexto das próximas eleições legislativas, a associação pede a atenção para vários princípios que, na linha da Doutrina Social da Igreja, os guiam, como a defesa da vida humana em todas as suas fases, “com rejeição do aborto e da eutanásia”, e a promoção da família, “célula fundamental da sociedade”.
Os Juristas Católicos de Portugal pedem também “respeito da liberdade de ensino”, que o combate à pobreza seja uma “prioridade”, o acolhimento solidário e responsável de refugiados e migrantes e a “proibição de qualquer comercialização do corpo humano”, como a prostituição.
A direção da associação observa que é frequente o recurso à liberdade de voto de cada deputado de acordo com a sua consciência o que significa que os partidos políticos “alienam as suas responsabilidades”.
“Os eleitores não votam em deputados individualmente, mas em listas de deputados. Estas questões verdadeiramente fundamentais fogem completamente à escolha democrática dos eleitores e à responsabilidade democrática dos eleitos perante eles”, acrescenta.
A Associação dos Juristas Católicos, criada em 1985, tem como finalidade geral contribuir para que na sociedade portuguesa se realizem os valores da doutrina cristã, em harmonia com o Magistério da Igreja.
CB/OC