Lefebvrianos mais longe do Vaticano

A Fraternidade sacerdotal São Pio X recusou as condições propostas pelo Vaticano para o seu regresso à plena comunhão, exigindo antes de mais que sejam levantadas as excomunhões de que foi alvo. Esta é a resposta do Bispo Bernard Fellay, superior geral da Fraternidade, ao “ultimato” da Comissão Pontifícia Ecclesia Dei, que impunha, entre outras condições, o respeito pelo Papa e a sua autoridade, “uma resposta proporcionada à generosidade do Papa”, o compromisso para evitar qualquer intervenção pública que coloque em causa a sua pessoa e também o cumprimento de um prazo, fixado para o final de Junho. Segundo a agência italiana I.Media e vários sites tradicionalistas, Bernard Fellay respondeu directamente ao Papa, pedindo um diálogo ao nível “doutrinal”, evitando qualquer “precipitação”. O superior geral da Fraternidade São Pio X e outros três Bispos foram excomungados a 2 de Julho de 1988, por terem sido ordenados “ilegitimamente” no seio da Fraternidade, por parte do Arcebispo Lefebvre. A carta apostólica “Ecclesia Dei”, de João Paulo II, constatou que esta ordenação de Bispos (a 30 de Junho de 1988) constituiu “um acto cismático”. Fellay foi recebido por Bento XVI no dia 29 de Agosto de 2005, num encontro marcado pelo “desejo de chegar à perfeita comunhão”. A Comissão Ecclesia Dei, presidida pelo Cardeal Dario Castrillon Hoyos, tem como objectivo “facilitar a plena comunhão eclesial” dos fiéis ligados à Fraternidade fundada por Monsenhor Lefebvre, “conservando as suas tradições espirituais e litúrgicas”, em especial o uso do Missal Romano segundo a edição típica de 1962.

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