Leão XIV: Ser eleito Papa «não é domínio, mas serviço», «não é prestígio, mas responsabilidade» – D. Rui Valério

Patriarca de Lisboa presidiu a uma Missa de ação de graças pela eleição do Papa

Foto Patriarcado de Lisboa

Lisboa, 09 mai 2025 (Ecclesia) – O patriarca de Lisboa afirmou hoje que o Papa Leão XIV não foi escolhido “por ser perfeito”, mas “por amar”, e a sua missão é serviço, responsabilidade e cruz.

“A autoridade que Cristo confia a Pedro nasce do amor, entendido como capacidade de dar a própria vida. Não é domínio, mas serviço. Não é prestígio, mas responsabilidade. Não é privilégio, mas cruz”, afirmou D. Rui Valério referindo-se ao “primeiro Papa” por mandato de Jesus.

Na homilia da Missa em ação de graças pela eleição do Papa Leão XIV, o patriarca de Lisboa afirmou que se trata de uma “hora luminosa da vida da Igreja”, sublinhando que o sucessor de Pedro, como o próprio, “não é escolhido por ser perfeito”, mas “é escolhido por amar”, valorizando o facto da eleição ter acontecido durante o Jubileu 2025.

“Como é oportuno que esta eleição tenha ocorrido em pleno Jubileu de 2025, em que nos descobrimos «Peregrinos de Esperança»! A Providência oferece-nos um sinal eloquente: um novo Papa para um novo tempo de graça, um novo Pedro para conduzir o povo santo de Deus como peregrino da esperança no meio das tribulações do mundo”, afirmou.

“Hoje, somos chamados a redescobrir a beleza da esperança cristã: não como fuga da realidade, mas como coragem para transformar o mundo com a luz do Evangelho”.

D. Rui Valério referiu-se à primeira homilia da Missa que Leão XIV presidiu esta manhã, na Capela Sistina, concelebrada pelo Colégio Cardinalício, afirmando que o Papa não “falou apenas de doutrina”, mas “de um olhar”.

O olhar do mundo, muitas vezes indiferente ou hostil ao Evangelho, e o olhar da fé, que reconhece em Jesus não apenas um profeta ou um sábio, mas o Filho do Deus vivo. E disse-nos que esta é a hora de testemunhar com coragem a alegria da fé, sobretudo onde ela parece estar ausente ou desvalorizada”, sublinhou.

O patriarca de Lisboa desejou que, o Jubileu, “todos os filhos da Igreja encontrem novo ardor para caminhar como peregrinos de esperança”.

“Também nós, Igreja de Lisboa, queremos ser voz neste canto novo, em uníssono com o Papa Leão. Queremos ser Igreja sinodal e missionária, sem medo de testemunhar Cristo. A missão é urgente, precisamente naqueles lugares que em ‘não é fácil testemunhar nem anunciar o Evangelho’”, afirmou.

“Rezemos, pois, pelo Santo Padre Leão XIV. Que o Senhor o sustente com a força do Espírito, o ilumine com a sabedoria do Alto e o console com o amor de todo o povo de Deus”, concluiu o patriarca de Lisboa na Missa que presidiu na Sé diocesana.

PR

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