Leão XIV: Secretaria-Geral do Sínodo manifesta «espírito de colaboração e obediência» ao novo Papa

Cardeal Mario Grech, irmã Nathalie Becquart e bispo D. Luís Marín assinam carta ao pontífice eleito

Foto: Ricardo Perna

Cidade do Vaticano, 13 mai 2025 (Ecclesia) – A Secretaria-Geral do Sínodo escreveu, esta segunda-feira, uma carta ao Papa Leão XIV, na qual expressou que “permanece totalmente disponível para oferecer o seu serviço num espírito de colaboração e obediência”.

“Agora que o caminho continua sob a orientação de Vossa Santidade, aguardamos com confiança o que Vossa Santidade indicará, para ajudar no crescimento de uma Igreja atenta à escuta, próxima de cada pessoa, capaz de relações autênticas e acolhedoras, casa e família de Deus aberta a todos: uma Igreja sinodal missionária”, pode ler-se no texto.

O cardeal Robert Francis Prevost, até agora prefeito do Dicastério para os Bispos, foi eleito como Papa no dia 08 de maio, após dois dias de Conclave, assumindo o nome de Leão XIV.

Na carta assinada pelo cardeal Mario Grech, secretário-geral do Sínodo dos Bispos, pela irmã Nathalie Becquart, subsecretária, e por D. Luís Marín, subsecretário, a instituição permanente, ao serviço do Sínodo dos Bispos, na Santa Sé, “agradece ao Senhor” pela eleição do novo Papa “para a liderança da Igreja”,

“A Vossa Santidade, que também preside a esta Secretaria, expressamos desde já a nossa alegria em caminhar juntos, apoiando o seu serviço à comunhão entre todas as Igrejas”, manifestou.

O documento lembra que “o Sínodo é um caminho eclesial guiado pelo Espírito Santo, dom do Ressuscitado”, que ajuda “a crescer como Igreja missionária em constante conversão, a partir da escuta do Evangelho”.

“Convocado pelo Papa Francisco, envolve todo o Povo de Deus, num processo compartilhado, onde todos contribuem para o discernimento dos passos a serem dados, de acordo com os carismas, as vocações e os ministérios recebidos”, destaca.

A Secretaria-Geral do Sínodo dos Bispos recorda que o processo sinodal, iniciado em 2021 com a fase de escuta do Povo de Deus, concluiu a fase de discernimento dos Pastores com a XVI Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos e a aprovação do Documento Final pelo Papa Francisco.

Na nota de acompanhamento a esse texto, o Papa Francisco escreveu que “já podem ser postas em prática nas Igrejas locais e nos agrupamentos de Igrejas, tendo em conta os diversos contextos, o que já foi feito e o que falta fazer para apreender e desenvolver cada vez melhor o estilo próprio da Igreja sinodal missionária”.

“Paralelamente, grupos de estudo estão a trabalhar para apresentar-lhe propostas em vista de escolhas que envolvam toda a Igreja”, indicou a instituição permanente.

O Sínodo dos Bispos, instituído por São Paulo VI em 1965, pode ser definido, em termos gerais, como uma assembleia de representantes dos episcopados católicos de todo o mundo, a que se juntam peritos e outros convidados, com a tarefa ajudar o Papa no governo da Igreja.

A segunda sessão da Assembleia Sinodal decorreu entre 2 e 27 de outubro de 2024, com o tema ‘Por uma Igreja sinodal: participação, comunhão, missão’, que começou com a auscultação de milhões de pessoas, pelas comunidades católicas, em 2021; a primeira sessão da XVI Assembleia Geral do Sínodo decorreu em outubro de 2023.

LJ/OC

Partilhar:
Scroll to Top