Leão XIV: Patriarca de Lisboa assinala mês de pontificado de «esperança»

«Construtor de pontes», de «encontros» com «insistente apelo à paz» são sinais que D. Rui Valério evidenciou em encontro com jornalistas

Foto: Patriarcado de Lisboa

Lisboa, 12 jun 2025 (Ecclesia) – O patriarca de Lisboa assinalou hoje o primeiro mês de pontificado de Leão XIV afirmando que o Papa simboliza a esperança, pelas “pontes que constrói”, pelos “encontros com intervenientes” das nações e pelo “apelo insistente à paz”.

“Eu gostaria de enquadrar este apelo à paz dentro de um movimento maior que ele tem protagonizado, aliás, na senda do Papa Francisco, que é esta sinodalidade. O Papa Leão XIV já fez perceber que está para aprofundar e está para ampliar. A sinodalidade que transcende os confins da própria Igreja. De que maneira? Na maneira em que esta paz que ele tanto apregoou é uma construção que tem que envolver a todos – não só à Igreja, ou no que se aplica à Igreja, mas a todo o mundo. E ele vai conseguir esse objetivo porque nós também estamos envolvidos, também estamos implicados”, indicou D. Rui Valério num encontro com jornalistas, na Casa patriarcal, em Lisboa.

O cardeal Robert Francis Prevost, prefeito do Dicastério para os Bispos, foi eleito Papa a 8 de maio, após dois dias de Conclave, assumindo o nome de Leão XIV.

O patriarca de Lisboa quis sublinhar os encontros que Leão XIV tem mantido com “principais intervenientes no atual contexto mundial e das nações”.

“Ele tem contactado e mantido diálogos com diversos presidentes, faço menção apenas de alguns, com o presidente dos Estados Unidos, com o presidente da Rússia, com os responsáveis seja de Israel, seja da Palestina. Ele tem mantido diálogos também com representantes de diversas confissões religiosas. Quando os senhores jornalistas nos informam de que o Santo Padre esteve em diálogo com um determinado presidente, tem disponibilidade para escutar e para alguma mudança, alguma transformação”, indicou.

D. Rui Valério reconheceu ainda a capacidade de construir pontes:

“O fator da esperança passa pela iniciativa e pela disponibilidade que tem encontrado nos destinatários. É um pontífice que já deu mostras e provas suficientes de que verdadeiramente é um construtor de pontos. De pontos entre Igreja e mundo, de pontos entre fé, cultura e problemática social, de pontos entre nações”, valorizou.

O primeiro pontífice norte-americano, de 69 anos de idade, foi missionário e bispo no Peru, tendo ainda sido superior geral da Ordem de Santo Agostinho; a missa de início de pontificado foi celebrada no dia 18 de maio.

LS

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