Leão XIV: Documentário sobre as raízes do Papa, nos Estados Unidos da América, já está online

«É notável o modo como utilizou aquilo que lhe foi dado por Deus, pela natureza; colocou-se ao serviço de outras pessoas. Isso o tornou excecional» – irmã Dianne Bergant

Cidade do Vaticano, 11 nov 2025 (Ecclesia) – O novo documentário dedicado às raízes do Papa Leão XIV nos Estados Unidos da América, intitulado ‘Leão de Chicago’ (‘Leo from Chicago’), foi divulgado online pelo Vaticano, esta segunda-feira, 10 de novembro, pelo Dicastério para a Comunicação (Santa Sé).

“Histórias, anedotas, relatos, entrevistas, imagens dos anos de Leão XIV nos EUA estão todos no documentário ‘Leo from Chicago’, uma produção do Dicastério para a Comunicação, estreado a 10 de novembro, nos canais do Vatican News”, informa o portal online de notícias do Vaticano.

O novo documentário sobre as raízes de Leão XIV, desta vez à sua origem nos Estados Unidos da América (EUA), tem como título ‘Leão de Chicago’ (‘Leo from Chicago’), e foi publicado online, esta segunda-feira, no contexto dos seis meses da eleição do cardeal Robert Prevost como Papa, a 8 de maio deste ano.

“Na sua terra natal, Chicago (Estados Unidos), Robert Francis Prevost sempre deixou uma marca nas pessoas que o encontraram, muito antes de se tornar Leão XIV. Mérito de um traço humano educado, gentil, bastante reservado, não a ponto de impedi-lo de socializar e fazer novos amigos”, assinala o Vatican News.

O irmão mais velho do Papa, Louis Prevost, recorda um passeio de bicicleta no bosque em Beaubien Woods, na periferia de Chicago, quando encontraram um grupo de rapazes que os ameaçou: “Rob disse: ‘Deixa que eu falo com eles’. Ele desceu, aproximou-se e, de algum modo, acalmou-os. Ali, ficaram… Amigos”.

O Dicastério para a Comunicação da Santa Sé já tinha informado, num comunicado enviado à Agência ECCLESIA, que Leão de Chicago’ (‘Leo from Chicago) se desenvolve pelos bairros de Chicago, começa na casa da família Prevost, em Dolton, “com memórias e histórias partilhadas pelos dois irmãos, Louis Martin e John”, passa pelos escritórios, escolas e paróquias que são da responsabilidade da Ordem de Santo Agostinho (OSA), os agostinianos, a União Teológica Católica, a Universidade de Villanova, nos arredores de Filadélfia.

“Era respeitoso tanto com homens e mulheres, da mesma maneira. Não havia dúvida de que estava concentrado na sua vocação, mas isso incluía ter amigos muito queridos”, conta Mary Donar-Reale, amiga dos tempos da Villanova, das viagens a Washington com o Grupo pró-vida (Pro-life group) para participar na Marcha pela vida (March for life).

No novo documentário é dado a conhecer: “Rob”, o irmão; “Bob”, o confrade; “Robert”, o amigo, o companheiro de estudos, de pequeniques e de manifestações pelos direitos humanos; “Prevost”, o estudante inteligente, o missionário, o “líder” na condução de uma ordem religiosa”, a Ordem de Santo Agostinho, os agostinianos, até “Leo”, o Papa.

A irmã Dianne Bergant recordou que “sempre” ouviu dizer que o atual Papa “era um rapaz muito devoto” e que brincava em ser padre, mas ela também era “muito devota e brincava de ser padre”, o que não é raro em crianças que tiveram “uma educação religiosa querer ser algo na Igreja.

“O que é notável nele é o modo como utilizou aquilo que lhe foi dado por Deus, pela natureza. Como usou as decisões que tomou. Não foi levado para um pedestal, mas colocou-se ao serviço de outras pessoas. Isso o tornou excecional”, acrescentou a religiosa que foi professora de Robert Francis Prevost CTU.

O padre agostoniano Tom MacCarthy, amigo de longa data, salienta que “depois de ter estudado para obter o doutorado em Direito Canónico, no fim”, Robert Prevost foi ter com “os pobres, que precisam da pregação de Jesus”, quando podia ter ido “ensinar no seminário ou ter uma grande atribuição em uma diocese ou em uma arquidiocese”.

Segundo Louis Prevost, que vive na Flórida, os três irmãos, com o Papa e John, o irmão do meio, todas as noites conversam por videochamada: “Geralmente ficamos de 15 a 20 minutos ao telemóvel, só para contar aquilo que estamos a fazer, e o que ele está fazer”.

Leo from Chicago’, com o tempo de 52 minutos, dá continuidade ao documentário ‘León de Perú’, que foi lançado em junho, e abordou os anos de missão do padre Robert Prevost nesse país sul-americano, para onde foi enviado, como religioso da Ordem de Santo Agostinho, em 1985.

CB

Foto: Lusa/EPA

O cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, prefeito do Dicastério para os Bispos (Santa Sé), foi eleito como Papa, após pouco mais de 24 horas de Conclave, a 8 de maio de 2025, assumindo o nome de Leão XIV.

Robert Francis Prevost, religioso da Ordem de Santo Agostinho, foi enviado para trabalhar na missão de Chulucanas, Piura, Peru (1985-1986); em 1988 seguiu para a missão de Trujillo como diretor do projeto de formação comum para os aspirantes agostinianos dos Vicariatos de Chulucanas, Iquitos e Apurímac.

Enquanto religioso foi prior de comunidade (1988-1992), diretor de formação (1988-1998) e professor (1992-1998); na Arquidiocese de Trujillo foi vigário judicial (1989-1998), professor de Direito Canónico, Patrística e Moral no Seminário Maior “São Carlos e São Marcelo”.

Em 1999, foi eleito prior provincial da Província Mãe do Bom Conselho (Chicago) e, dois anos e meio depois, o capítulo geral ordinário escolhe-o como responsável mundial da Ordem de Santo Agostinho, que exerceu durante 12 anos (2001-2013).

O Papa Francisco nomeou-o administrador apostólico da Diocese de Chiclayo (Peru) a 3 de novembro de 2014, elevando-o à dignidade episcopal de bispo titular da Diocese de Sufar; foi ordenado bispo a 12 de dezembro de 2014, festa de Nossa Senhora de Guadalupe, na Catedral da sua diocese.

Francisco nomeou-o membro da Congregação para o Clero em 2019 e membro da Congregação para os Bispos em 2020, ano em que foi designado administrador apostólico da Diocese de Callao.

Leão XIV: Vaticano apresenta documentário sobre vida do Papa como missionário (c/vídeo)

 

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