Estudo levado a cabo pela «Família Cristã» e portal «7 Margens» analisa impacto da encíclica de 2015, no final do ano especial que lhe foi dedicado
Lisboa, 25 mai 2021 (Ecclesia) – As dioceses católicas de Portugal apostam nas energias renováveis, mas tardam em definir “metas ecológicas”, revela um inquérito divulgado hoje pela ‘Família Cristã’ e o portal ‘7 Margens’, no final do ano ‘Laudato Si’.
Segundo os dados recolhidos a partir das respostas de 17 dioceses portuguesas – e mais 15 institutos, movimentos ou congregações – 70% dos inquiridos “aproveita as energias renováveis do sol ou do vento”, registos que deixaram o Vaticano “impressionado”.
“Uma das áreas mais positivas é a do desperdício, com a maioria das instituições a indicar que faz algum tipo de separação de lixo, diminui o consumo de plásticos de utilização única (69% indicou que o faz), ou descartáveis, e ainda reduz o desperdício de água (71% respondeu sim)”, pode ler-se.
As dioceses reconhecem a ausência de “metas ecológicas definidas”, a partir da ‘Laudato Si’, a encíclica ecológica e social que o Papa Francisco publicou em 2015.
A Diocese de Viana do Castelo foi a única a responder com a criação de uma “Comissão Laudato Si”.
O Papa Francisco assinalou o quinto aniversário da sua encíclica ecológica e social, lançando um ano especial a 24 de maio do 2020, que se encerra hoje com o lançamento de uma plataforma da Santa Sé, com propostas de “estilo de vida sustentável”.
O Vaticano apresentou, durante esta celebração, um “manual” de aplicação da ‘Laudato Si’ com mais de 200 recomendações em defesa do ambiente e da vida humana.
Sobre a inclusão dos temas da ‘Laudato Si’, que defende uma “ecologia integral”, na formação para os ministérios ordenados, 50% das dioceses portuguesas responderam que ainda não integram a encíclica nos seus programas.
Os promotores do inquérito sublinham que este não é um retrato do que se passa nas paróquias, mas “apenas nas estruturas a cargo das dioceses, como cúrias, casas de retiro, seminários, entre outras”.
OC