Responsáveis diocesanos propõem sobriedade e respeito pela vida
Setúbal, 24 jun 2015 (Ecclesia) – O bispo e os membros do clero da Diocese de Setúbal elogiaram a “atualidade e profundidade” da nova encíclica de Francisco, ‘Laudato si’, pedindo que a mesma ajude a promover um novo estilo de vida.
“Apelamos à prática de uma vida sóbria, na utilização da energia, dos alimentos, da água, e à descoberta de formas de distribuição por todos do bem do trabalho, de modo a tirar os pobres da valeta da vida e a sentá-los à mesa comum”, assinala uma nota publicada na página da Diocese de Setúbal.
Os responsáveis diocesanos destacam o desenvolvimento de uma “consciência da responsabilidade comum” pela salvaguarda do planeta.
“Ainda vamos a tempo. Mudemos os estilos de vida. Peçamos aos que têm responsabilidades no poder político, económico e social que, nos debates e tomadas de decisão, tenham a preocupação ecológica como serviço ao bem comum da geração presente e das gerações futuras”, indica o texto, assinado por D. Gilberto Reis, bispo de Setúbal.
“A Carta, cheia de atualidade e profundidade, aborda as graves questões da ecologia, deixando a todos a pergunta: Que casa, que planeta, queremos deixar aos nossos filhos? Uma casa onde há lugar para todos, também para os vindouros, ou uma casa arruinada pela exploração de uns pelos outros, onde não seja possível a convivência?”, acrescenta a nota.
O comunicado final do plenário de junho do clero diocesano sublinha alguns dos conteúdos da encíclica, como a necessidade de “rever a economia”, de “vencer a lógica da exploração” e de encontrar “vias de solução que implicam a participação de todos” e de “compromisso dos crentes em ordem a uma ecologia integral”.
“Convidamos a todos a lerem atentamente esta Carta e a darem o seu melhor em defesa de uma ecologia que proporcione a cada pessoa o respeito profundo e concreto pela vida, desde a conceção até à morte natural, a vida de todos, criada à imagem e semelhança de Deus”, acrescenta a mensagem.
OC