Arcipreste de Meda defende descentralização de organismos públicos
Lamego, 01 nov 2016 (Ecclesia) – O arcipreste de Meda, na Diocese de Lamego, defende que a sede do Ministério da Agricultura deveria estar numa zona onde este setor da economia seja um “fator fundamental”.
Ao analisar as potencialidades da região de Lamego, o padre Basílio Firmino reconhece que“justificava-se mais que o setor da agricultura estivesse sediado numa região do interior do país” e lança hipóteses: “Guarda, Viseu ou Castelo Branco, mais do que em Lisboa”, frisou à Agência ECCLESIA.
Quando se descentraliza os “vários serviços” e enquadrando-os no seu devido lugar” é que se encontra a riqueza na “multiplicidade”.
A atual realidade concentra “tudo na capital de Portugal e no litoral”, mas o padre Basílio Firmino sublinha que o “interior do país não pode, nem deve ser esquecido”.
A zona de Lamego tem dois produtos que valorizam a região, o vinho e as amêndoas, que poderiam “ser mais potencializados”.
No Concelho de Meda existem “vários produtores de bons vinhos” com conhecimento internacional “muito forte”, mas a nível da “amendoeira em flor, mais centralizado na zona de Foz Coa, é necessário fazer mais em prol destes produtos económicos”, disse o arcipreste.
Para além destes produtos, ligados à agricultura, é “fundamental descobrir também a riqueza histórica” desta região do interior do país, desabafou o padre Basílio Firmino.
A Diocese de Lamego tem “excelentes igrejas, monumentos e Igrejas”, mas, acima tudo, “existe uma grande riqueza interior nas pessoas e nas suas tradições”, descreveu o sacerdote.
A cultura do povo “e o saber acolher o outro” é uma riqueza que caracteriza as pessoas desta região.
O interior do país “tem grandes riquezas, tanto a nível de vivências de fé como na hospitalidade das suas gentes”, finalizou.
LFS