Lamego homenageia D. António Francisco dos Santos

1. A nomeação de D. António Francisco do Santos para a importante Diocese de Aveiro é, acima de tudo, o reconhecimento da excelência da sua pessoa e da sua acção, mormente da que desenvolveu como Bispo Auxiliar na Arquidiocese de Braga em pouco mais de um ano. Trata-se, portanto, de um tributo às qualidades humanas, espirituais e pastorais que o exornam, já que a Igreja aveirense tem tido à sua frente Bispos de grande prestígio. Basta pensar no Bispo que cessa funções (D. António Baltasar Marcelino) e no que o antecedeu (D. Manuel de Almeida Trindade). A sua personalidade tem mesmo características que consubstanciam uma espécie síntese entre os seus dois imediatos predecessores: é afável como D. Manuel e comunicativo como D. António Marcelino. Revela um misto da inteligência reflexiva do primeiro e da inteligência intuitiva do segundo. Trabalha bem em equipa, orienta cordialmente uma reunião e consegue prender como poucos a atenção de uma multidão. Sabe falar, mas também escutar. Gosta de ouvir os pontos de vista dos outros e de explicar os seus. É fortemente persuasivo, mas jamais autoritário. Lidera sem impor e decide sem magoar. É um homem de convicções sem deixar de ser uma pessoa de consensos. Onde quer que se encontre, é capaz de abater muros e de estabelecer pontes. Em suma, é alguém perito na confiança e na comunhão: deixa fazer e preocupa-se em estar, apoiando quem faz. A escolha de D. António Francisco reflecte, portanto, o apreço que a Santa Sé mostra ter pela sua pessoa e pela trajectória que já percorreu. Lamego, onde ele exerceu o ministério como padre e onde nasceu para o episcopado, alegra-se certamente com tão feliz notícia. Nesta cidade e nesta diocese, onde a sua figura é tão benquista, continuar-se-á a rezar para que a sua missão continue a ser exitosa como tem sido até aqui, no seguimento da mansidão e humildade de Cristo. E que o desejo incluso no seu lema — in manus Tuas — se verifique integralmente: que nas mãos do Pai, a quem filialmente se entregou, encontre a força e a serenidade para o prosseguimento do seu ministério. O brilho da sua palavra e a bondade do seu coração constituirão, sem dúvida, uma mais-valia preciosa que depressa cativará o presbitério e o laicado aveirense. Como preceitua o «Directório do Ministério Pastoral dos Bispos», tenho a certeza de que trabalhará incansavelmente para que a sua diocese «se converta numa comunidade de orantes, que perseverem unanimemente em oração», de tal maneira que Jesus Cristo esteja «no centro da vida dos fiéis e de toda a história humana». Enquanto minister sanctitatis («ministro da santidade») não deixará certamente de apontar para o essencial, o prioritário e o definitivo. 2. Senhor D. António: continuaremos perto de si, mesmo que (um pouco) longe; porque, embora (um pouco) longe, senti-lo-emos sempre perto de nós. Continuará sempre no coração dos lamecenses do mesmo modo que sabemos que os lamecenses repousarão também num lugar especial do seu coração. Muita paz no Senhor. Nossa Senhora dos Remédios endereçar-lhe-á continuamente a sua bênção maternal. E a presença, sempre balsâmica, de sua Mãe Donzelina sufragará torrencialmente o seu coração de pastor. Cumprimenta-o com o máximo respeito e devoção, augurando a maior fecundidade para esta etapa do seu pastoreio eclesial João António Pinheiro Teixeira, Padre Reitor do Seminário Maior de Lamego

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Agência ECCLESIA

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