Católicos da diocese vão ajudar doentes de lepra
Lamego, Viseu, 09 fev 2016 (Ecclesia) – O bispo de Lamego quer que os católicos da diocese façam da Quaresma, que começa esta quarta-feira, “um tempo de diferença e não de indiferença”.
“Dilatemos as cordas do nosso coração até às periferias do mundo, e que o nosso olhar seja de Misericórdia para os nossos irmãos de perto e de longe. Façamos um exercício de verdade. Despojemo-nos, não apenas do que nos sobra, mas também do que nos faz falta”, apela D. António Couto, numa mensagem enviada à Agência ECCLESIA.
A Quaresma, que se inicia com a celebração de Cinzas (10 de fevereiro, este ano), é um período de 40 dias, excetuando os domingos, marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência, que serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão.
O bispo de Lamego liga esse tempo litúrgico à celebração do Jubileu extraordinário, convocado pelo Papa, e sustenta que “o olhar suplicante e o rosto enrugado de cada homem e de cada mulher que sofre, de cada criança abandonada e triste, é a verdadeira «Cátedra»” de onde Deus “ensina e ordena a Misericórdia”.
A mensagem de Quaresma de D. António Couto anuncia ainda o destino da renúncia quaresmal, prática em que os fiéis abdicam da compra de bens adquiridos habitualmente noutras épocas do ano, reservando o dinheiro para finalidades especificadas pelo bispo da sua diocese.
“Vamos destinar uma parte da nossa esmola quaresmal para o Fundo Solidário Diocesano, para aliviar as dores dos nossos irmãos e irmãs de perto que precisam da nossa ajuda, e são cada vez mais”, adianta.
Após defender a necessidade de abrir o coração “a todos os que sofrem”, perto ou longe, o prelado informa os fiéis das 223 paróquias da Diocese de Lamego que outra parte destes donativos quaresmais se destina aos “irmãos e irmãs atingidos pela lepra”.
A mensagem elenca alguns dados relativos ao compromisso da Igreja neste campo, como as 611 leprosarias espalhadas pelos cinco continentes, desde a Ásia (328), à África (201), América (59), Europa (22) e Oceânia (1).
“O fruto da nossa caridade será entregue à Congregação para a Evangelização dos Povos, que o fará chegar ao terreno através das Obras Missionárias Pontifícias, que é um dos serviços integrados nesta Congregação”, adianta D. António Couto.
O bispo de Lamego conclui a sua mensagem com uma série de saudações, incluindo os “doentes, carenciados e desempregados, e as famílias que atravessam dificuldades”.
“Uma saudação de particular carinho a todos aqueles que tiveram de sair da sua e da nossa terra, vivendo a dura condição de emigrantes”, acrescenta.
OC