Lamego: Diocese vai ajudar «irmãos martirizados» da Ucrânia e da Síria

Mensagem de D. António Couto apresenta destino da renúncia quaresmal

Foto: Lusa/EPA

Lamego, 22 fev 2023 (Ecclesia) – O bispo de Lamego anunciou, na sua mensagem para a Quaresma 2023, que as comunidades católicas da diocese vão ajudar, com os seus donativos, os “irmãos martirizados” da Ucrânia e da Síria.

“Neste ano e nesta Quaresma de 2023, apelo a todos os meus irmãos espalhados pelas 223 Paróquias da nossa Diocese, que nos sintamos mais comprometidos e solidários com os nossos irmãos martirizados da Ucrânia e da Síria, que sofrem muito para além do que podemos imaginar”, escreve D. António Couto, num documento enviado à Agência ECCLESIA.

O responsável católico determina que este anúncio deve ser feito em todas as igrejas da Diocese, no Domingo I da Quaresma (26 de fevereiro), realizando-se a Coleta no Domingo de Ramos na Paixão do Senhor (2 de abril).

A renúncia quaresmal é uma prática em que os fiéis abdicam da compra de bens adquiridos habitualmente noutras épocas do ano, reservando o dinheiro para finalidades especificadas pelo bispo da sua diocese.

Em 2022, a Diocese de Lamego recolheu 19 057,40 euros, dos quais 6650 foram entregues à irmã Felismina Pedro, das Franciscanas Missionárias de Nossa Senhora, para apoiar os seus trabalhos no domínio da formação de crianças e jovens em Laleia (Timor-Leste).

Outros 5 mil euros seguiram para o padre Leonel Claro, missionário Comboniano, visando apoiar os seus trabalhos na Paróquia de S. Kisito de Begou, Diocese de Sarh, no Chade.

“Uma parcela do restante servirá para apoiar os esforços da nossa Pastoral de Jovens, neste ano que requer dos Jovens grande dedicação. O restante seguirá para a Diocese de S. Tomé e Príncipe, logo que tome posse o novo bispo”, adianta D. António Couto.

O texto recorda que o Papa Francisco dedicou a sua mensagem para a Quaresma 2023 ao processo sinodal em curso na Igreja Católica, falando da preparação para a Páscoa como “um tempo e modo de subida espiritual”.

“Quem nos conduz é Jesus Cristo, nosso verdadeiro companheiro de caminho, nosso verdadeiro Sínodo, dado que ‘sínodo’, mais do que um evento ou eventos a realizar, é sobretudo uma maneira pessoal de viver, como nos mostra S.to Inácio de Antioquia, na sua Carta aos Efésios”, indica o bispo de Lamego.

A Quaresma é um tempo litúrgico, de 40 dias (a contagem exclui os domingos), que tem início esta quarta-feira, com a celebração de Cinzas, marcado por apelos ao jejum, partilha e penitência; serve de preparação para a Páscoa, a principal festa do calendário cristão (este ano a 9 de abril).

“No início desta caminhada quaresmal rumo à Páscoa do Senhor, saúdo com afeto e alegria todos os meus irmãos e irmãs espalhados pelo chão da nossa Diocese. Todos mesmo, desde os mais velhinhos até aos mais pequenos. Ver-nos-emos logo que possível. Entretanto, a todos desejo, do fundo do meu coração, um caminho de bondade, justiça, verdade, oração e conversão”, escreve o bispo de Lamego, num texto intitulado ‘Do Alto do Monte vê-se tudo melhor’.

O responsável católico pede que “a ninguém falte a graça de Deus e a mão fraterna de um irmão”.

“Sejamos verdadeiros companheiros de caminho uns para os outros. Do alto do monte vê-se tudo melhor”, apela.

OC

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