Lamego: Diocese celebra festas em honra de Nossa Senhora dos Remédios

Novena com pregação está a preparar solenidade vivida esta sexta-feira

Lamego, 07 set 2017 (Ecclesia) – Lamego está a preparar-se para viver as festas anuais em honra de Nossa Senhora dos Remédios, a 8 de setembro, cujo santuário é apresentado pelo seu reitor como “grande promotor da formação e vivência espiritual” da região.

“A vida das pessoas está polarizada à volta destas festas que são muito antigas, genuínas, profundas, intensas, mesmo quando eram, como até ao final do século XIX, às 05h00 da manhã e as pessoas organizavam a sua vida para participar”, disse o padre João António Teixeira à Agência ECCLESIA.

O sacerdote explica que no Santuário de Nossa Senhora dos Remédios há a “preocupação” que as pessoas acertem “a romaria pela hora da liturgia”.

Neste contexto, o reitor assinala que na altura da festa, entre 30 de agosto e 08 de setembro, “há uma concentração muito maior” de pessoas e “a vivência mais genuína” é a novena, às 06h00, com “o santuário completamente cheio e o adro bastante preenchido”.

Durante os nove dias de preparação para a festa os fiéis e peregrinos rezam o Terço, participam na Eucaristia e ouvem a pregação que é uma “formação mais intensa”, onde em cada ano é escolhido um tema no contexto do plano pastoral diocesano.

“É uma vivência muito antiga, foi pela novena que começou esta festa”, recorda o padre João António Teixeira, acrescentando que depois a manifestação religiosa “se explanou na procissão, a partir de 1894”.

Na solenidade de Nossa Senhora dos Remédios, dia 8 de setembro, do programa religioso consta a Missa às 10h00 e a procissão, que tem a característica “muito rara, muito singular em que os andores são puxados por juntas de bois”, tem início às 16h00, na igreja das Chagas.

O reitor realça que o santuário está fora do perímetro urbano e também “está dentro”, pela ligação do escadório, de 925 degraus, que permitir a “união constante” com a cidade.

“Costumamos dizer que quando as pessoas aqui não estão, estão a caminhar para cá”, revela o sacerdote.

No exterior, o padre João António Teixeira destaca ainda o “parque florestal” que faz parte do santuário onde “o objeto mais antigo é o castanheiro grande, a que foram atribuídos 743 anos”.

O santuário é o “corolário” de um percurso que começou no século XIV, com a capela de Santo Estevão, e a atual igreja conjuga “exuberância com sobriedade” com destaque para o altar-mor, pela imponência artística da escola de Tibães (Braga), com a imagem de Nossa Senhora do Leite.

Nas paredes os painéis de azulejo, do início do século XX, retratam traços da vida de Nossa Senhora, “desde o nascimento até à morte”, com “figurações muito originais” do nascimento de Jesus e têm “magníficos vitrais” que incluem a “coroação de Nossa Senhora com mãe da Igreja”.

A igreja tem também em exposição permanente um presépio da escola de Machado de Castro e dois púlpitos, “ricamente ornamentados, de onde se faziam as pregações na novena e anunciavam as novas mesas das irmandades”.

O reitor do Santuário de Nossa Senhora dos Remédios conta ainda que há uma “intensificação das vivências espirituais, celebrativas e liturgias”, no Advento e na Quaresma, e que muitas pessoas procuram a igreja Lamecense em situações de emergência, “de grande dificuldade”.

CB/OC

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Agência ECCLESIA

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