Lamego: D. Jacinto Botelho defende «humildade e simplicidade» na missão da Igreja

Num dia dedicado a S. José e com direito a uma ordenação sacerdotal, o bispo de Lamego falou sobre a missão de todos os «servidores» de Cristo

Lamego, 21 Mar (Ecclesia) – O bispo de Lamego assinalou este sábado o dia de S. José, marcado pela ordenação de um novo padre para a diocese, com um apelo em favor da “verdadeira humildade” na missão da Igreja.

“Neste não querer sobressair é que trabalhamos. Não pedimos louvores, não queremos que nos vejam, não é para nós critério decisivo pensar no que possam dizer os jornais ou qualquer fonte de informação, mas o que Deus diz” sublinhou D. Jacinto Botelho, na festa litúrgica de 19 de Março, dedicada a S. José.

Numa ocasião especial para o prelado, pelo 11.º aniversário da sua tomada de posse na diocese de Lamego, e com a ordenação sacerdotal de Tiago Cardoso, o tema de destaque foi o papel a desempenhar por todos os “servidores” de Cristo, padres, diáconos, e vocações consagradas, na sociedade.

“Servir quer dizer não fazer tudo a que me proponho, quanto seria para mim o mais simpático; quer dizer deixar que o peso do Senhor me carregue, deixar-me realmente apanhar no serviço pelo outro” desafiou o bispo, citando um discurso de Bento XVI, dado na Quinta-feira depois das Cinzas.

D. Jacinto Botelho reforçou o convite do Papa, nesta Quaresma, para uma maior atenção pela vida espiritual, “ao ser com Cristo”, na oração, na meditação da Palavra de Deus, no cuidado pessoal e pelos outros.

Desde há um ano que o dia 19 de Março é também consagrado ao Seminário, naquela diocese, abrindo portas aos pais e familiares dos seminaristas, e aos párocos que os acompanham.

O prelado apontou a importância deste “intercâmbio”, para fazer dos pais uma força “mais consciente e preparada na formação dos futuros sacerdotes” e para que se respire nos Seminários “o espírito de uma verdadeira família”, à medida da família de S. José.

As horas de dor e de dificuldade que se vivem no Japão e na Líbia não ficaram de fora do discurso do bispo de Lamego, que dedicou ainda uma palavra para a crise económica que Portugal atravessa.

“Sentido de responsabilidade e solidariedade” e uma “grande lucidez e discernimento na verdade e na justiça, para os que têm a missão de decidir”, foram os pedidos deixados por D. Jacinto Botelho.

JCP

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