Católicos devem assumir «até ao fim a mais humilde e radical atitude de serviço à humanidade», afirmou D. António Couto
Lamego, Viseu, 26 nov 2012 (Ecclesia) – O bispo de Lamego, D. António Couto, enalteceu este domingo a “figura subversiva de Jesus Cristo, rei manso, pobre, humilde e despojado”, durante a missa celebrada na sé da cidade, em que ordenou dois diáconos.
“Na postura e nos lábios de Jesus, as coisas são de tal ordem, soam tão novas e dissolventes e subversivas, que, daqui para a frente, a partir da entrada de um tal amor no mundo, todas as formas de poder se devem considerar superadas e ultrapassadas”, afirmou na homilia, enviada hoje à Agência ECCLESIA.
A celebração decorreu no Dia da Igreja Diocesana de Lamego, data aproveitada para marcar localmente o início do Ano da Fé, que a Igreja Católica assinala até 24 de novembro de 2013.
Depois de referir que Jesus “é rei na medida em que contrapõe o amor ao poder”, o prelado frisou que os católicos participam desta disposição quando assumem “até ao fim a mais humilde e radical atitude de serviço à humanidade, não servindo-se da humanidade, mas servindo a humanidade em cada ser humano”.
D. António Couto desafiou os fiéis a criarem “Escolas de Vivência da Fé” em todas as comunidades da diocese, estruturas que têm por objetivo “congregar” os católicos e ajudá-los a “aprofundar” os seus conhecimentos e a “dissipar” as dúvidas, para que se tornem mais “conscientes”, “felizes” e “entusiasmados” com a fé.
O também presidente da Comissão Episcopal da Missão e Nova Evangelização pede “avalanches de cristãos, particularmente com marca jovem, que não se envergonhem do Evangelho” e que experimentem a “ alegria de ver no rosto de cada irmão o rosto de Jesus Cristo”, para que “ninguém se sinta fora” da comunidade católica.
O responsável quer também “cristãos convictos e credíveis” a anunciar de “forma direta e personalizada a sua “paixão” por Jesus, de modo a promover e ampliar uma rede de evangelizadores que insista na sua missão até que a diocese tenha “ateado o fogo do Evangelho a todos os corações”.
O prelado apelou aos fiéis para tornarem a diocese “mais discipular e missionária, mais feliz, próxima, fraterna e acolhedora”, à imagem das primeiras comunidades cristãs retratadas na Bíblia.
RJM