Lamego: Bispo mobiliza diocese a experimentar «alegria de sair mais» ao encontro de todos

D. António Couto lança novo ano pastoral sob o tema da misericórdia

Lamego, Viseu, 05 out 2015 (Ecclesia) – O bispo de Lamego desafiou os católicos da diocese a viver o ano pastoral 2015-2016 com “novas atitudes, modos e estilos de vida”, rejeitando um estilo de vida de “frases feitas”.

“Nenhuma comunidade pode continuar a cantar a capella, como se tivesse direitos adquiridos sobre o próprio Jesus ou sobre o Evangelho, e todos devemos entrar, decididamente e com todas as forças, sem desperdício algum, naquele dinamismo do ‘saiamos, saiamos’ com que o Papa Francisco projeta e sonha a nossa Igreja”, explica D. António Couto, que cita o n.º 49 da exortação ‘Alegria do Evangelho’.

Na carta pastoral ‘Ide e fazei da casa de meu pai casa de oração e de misericórdia’, o prelado indica que a igreja e a paróquia devem ser a casa onde “todos devem ser fraternalmente acolhidos” e se devem sentir valorizados, visíveis e “eclesialmente incluídos”.

D. António Couto pede aos fiéis que não se esqueçam “nunca de acentuar” a importância da oração, “verdadeiro alicerce da fé”, e incentiva o encontro geracional entre crianças/jovens com os seus pais e avós, e vice-versa, para partilharem “o seu modo de rezar”.

“Assim, sentir-nos-emos todos mais visivelmente filhos e irmãos, e nascerá no nosso coração filial um mundo muito mais belo e fraterno”, observa.

Segundo o bispo de Lamego, Jesus ensinou a rezar “com verdade, simplicidade, ternura e confiança”, como acontece na oração do ‘Pai-Nosso’.

“Rezar assim, como Jesus nos ensinou, leva-nos também a perceber bem que temos de viver como filhos e irmãos, carinhosamente atentos uns aos outros, até ao ponto sem retorno de já não sabermos viver senão repartindo o pão e o coração”, desenvolve.

Neste contexto, destaca que a fraternidade “pressupõe Deus como Pai” que a sociedade laica iluminista não reconhece, o que significa que nos sistemas fundados sobre os três valores franceses “há uma contradição interna” porque os dois primeiros – liberdade, igualdade – “não podem garantir o terceiro”.

Para o prelado, o novo ano pastoral, durante o Jubileu Extraordinário da Misericórdia [08 dezembro – 20 novembro 2016], apresenta-se “repleto da bondade e da riqueza” de Deus e o “essencial” vai ser sempre “acolher e experimentar” na vida a misericórdia de Deus, e deixarem-se “transformar”.

Na carta pastoral, o bispo diocesano, aponta também seis “caminhos práticos e direitos” para curar a “tibieza e a indiferença” dos corações e das comunidades, onde se destaca o apelo ao acolhimento dos “irmãos oriundos de outras proveniências” que procurarem refúgio em Portugal e aos jovens que relancem a “bela experiência das avalanches da fé”.

“Ide ao encontro da alegria. Servi a alegria”, incentivou D. António Couto.

Ao pedido de “celebrar e valorizar” o Domingo, Dia do Senhor, e de frequentar com alegria os sacramentos, “sobretudo a Eucaristia e a Reconciliação”, o prelado mobiliza a diocese a celebrar em todas as igrejas as «24 horas para o Senhor», nos dias 4 e 5 de março de 2016.

CB/OC

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