D. António Couto propõe à diocese que se envolva «no imenso, belo e exigente desafio» de se deixar «transformar em testemunhas fiéis de Jesus Cristo Ressuscitado»
Lamego, 18 dez 2023 (Ecclesia) – O bispo de Lamego escreveu uma nova Carta Pastoral, intitulada ‘Recolhei os Pedaços que Sobraram’, escrita “com tinta, com sangue, e também sentida e escrita a várias mãos e palpitações de corações jovens JMJ”.
“Os jovens da nossa Diocese de Lamego confessam que foram e viram, tocaram e sentiram, não qualquer coisa ou qualquer novidade de última hora (cf. Atos 17,21), mas o Verbo da Vida (cf. 1 João 1,1), e estão prontos para testemunhar que Jesus Ressuscitado entrou nas suas vidas e as transformou e nelas continua a operar transformação e missão”, escreve D. António Couto, na carta para o ano pastoral 2023-2024 publicada online.
O bispo de Lamego propõe à diocese que todos se envolvam “no imenso, belo e exigente desafio” de se deixarem transformar em “testemunhas fiéis de Jesus Cristo Ressuscitado”: Nas suas 223 paróquias, nos párocos, diáconos, consagrados/as, Movimentos Laicais, agentes da vida pastoral, “todos os batizados e crismados, e todos os homens e mulheres de boa inteligência e boa vontade, a quem Deus deu a graça da conversão para a vida eterna”.
D. António Couto referiu-se à experiência da JMJ e afirma que “para trás pode ficar apenas o registo de uma teia de eventos” vividos com entusiasmo e que se continuam a recordar, “mas que se podem agora ir lentamente dissipando como as nuvens ou o nevoeiro”.
O bispo de Lamego acrescenta que devem deixar que “esses eventos vivam”, que sejam o que devem ser, isto, “e-ventos, no sentido etimológico do termo, de e-venire, aquilo que vem de fora, que vem de Deus”, e termina a carta com diversos testemunhos de jovens da diocese sobre a edição internacional da Jornada Mundial da Juventude em Portugal, realizada de 1 a 6 de agosto em Lisboa, a semana anterior dos ‘Dias nas Dioceses’, e a peregrinação dos dois símbolos, a Cruz e o ícone de Nossa Senhora.
O título e a reflexão do novo documento, ‘Recolhei os Pedaços que Sobraram’ assentam na passagem do “milagre dos pães e peixes” descrita no Evangelho de São João.
A carta para o ano pastoral 2023-2024 está estruturada em dez pontos e D. António Couto começa por explicar que, em termos cristãos e eclesiais, qualquer dinâmica pastoral “digna deste nome tem de ter sempre como trampolim a Palavra de Deus recolhida na Escritura Santa”.
CB/PR
