Lamego: Bispo diocesano e pároco «ao lado da comunidade crente» da Mêda

Comunicado da Vigararia Geral da diocese denuncia impossibilidade de exercer o «direito à prática do culto»

Lamego, 16 ago 2021 (Ecclesia) – A Vigararia Geral da Diocese de Lamego afirmou em comunicado que a comunidade paroquial da Mêda foi impedida de “exercer o seu direito à prática do culto” por manifestantes “não autorizados”, facto que vai ser denunciado no Ministério Público.

De acordo com o comunicado, publicado na página da internet da Diocese de Lamego e enviado à Agência ECCLESIA, na origem da manifestação está a saída das irmãs da Congregação das Missionárias Reparadoras do Sagrado Coração de Jesus que “têm estado ao serviço do Patronato da Mêda”, por decisão “exclusiva” da congregação.

O comunicado da Diocese de Lamego esclarece que o bispo diocesano foi “atempada e corretamente informado” pela superiora geral da congregação sobre a saída das irmãs Congregação das Missionárias Reparadoras do Sagrado Coração de Jesus da Paróquia da Mêda, decisão que “é da competência exclusiva da Superiora Geral da Congregação, nada tendo a ver com o Bispo da Diocese, nem com o Pároco da Mêda”.

O documento acrescenta que os manifestantes desejavam que o bispo de Lamego “respondesse a uma questão que ultrapassava a sua competência”, num “tumulto encenado” e “sem a prévia e devida autorização”, que impediu “toda uma comunidade dos fiéis de celebrar a sua fé”.

O comunicado indica que os manifestantes insurgiram-se contra o bispo de Lamego e o pároco da Mêda, neste domingo, 15 de agosto, quando se preparavam para celebrar a Missa na igreja paroquial de São Bento da Mêda, acusando-os de “terem expulsado as Irmãs”.

Após o cântico de entrada e com a presença do bispo de Lamego no altar, “o tumulto e a gritaria” fora e às portas da igreja “aumentava de tal maneira” que impediu a celebração de continuar, acrescenta.

“Nestas circunstâncias adversas, é dever do Bispo Diocesano e do Pároco da Mêda estarem no seu lugar, isto é, ao lado da comunidade crente da Mêda que quer praticar a sua fé, assistindo-lhe, para isso, pleno direito”, “nomeadamente ao Domingo, em todas as situações e sejam quais forem as condições”, afirma o comunicado.

O comunicado conclui afirmando que, “pela gravidade dos factos, e pela incúria, mormente de quem tem o dever de manter a ordem, e para que tais abusos não se voltem a repetir, nem na Mêda nem em lado nenhum, será feita, o mais breve possível, denúncia no Ministério Público”.

PR

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Agência ECCLESIA

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