A diocese de Lamego pretende que os leigos tenham “mais intervenção na pastoral” e quer implementar “conselhos pastorais na maioria das paróquias” – disse à Agência ECCLESIA D. Jacinto Botelho, bispo de Lamego. No dia da Igreja diocesana, celebrado ontem, o prelado frisou também na sua homilia que a alocução de Bento XVI aos bispos portugueses na visita «ad limina» é um “discurso de programático que deverá ser assimilado por todos e levado à prática”. O dia da Igreja diocesana é celebrado no domingo seguinte à dedicação da Catedral de Lamego (20 de Novembro) e coincide sempre com a Solenidade de Cristo Rei. Na primeira parte do dia, os responsáveis dos vários sectores da pastoral da diocese (Conselhos Pastorais, Movimentos e Associações) reflectiram, juntamente com o pastoral, sobre o Ano Pastoral e o papel desempenhado pelos Conselhos Pastorais. “Senti que há uma certa vitalidade nas paróquias que têm Conselhos Pastorais”. Para aquelas que estão a constitui-los “foi uma forma de os estimular” – sublinhou D. Jacinto Botelho. Com mais de duzentas paróquias, a diocese de Lamego tem uma “percentagem pequena” ao nível dos Conselhos Pastorais. E acrescenta: “algumas paróquias também são pequenas e marcadas pela desertificação”. No entanto manifesta um desejo: “implementar os conselhos é uma prioridade”. Na apresentação do Plano Pastoral para este ano – “está voltado para os sacramentos” – o bispo de Lamego realçou que é fundamental “reflectir sobre a realidade sacramental” da Igreja. Quando iniciou o trabalho na diocese fez um plano para 9 anos dividido por três triénios. Depois da Espiritualidade de Comunhão e da Sagrada Escritura, os sacramentos estarão “em destaque nos próximos três anos” – frisou. A razão do afastamentos dos leigos nas tarefas pastorais advém da “tradição muito antiga e pressupõe uma formação do nosso laicado”. E finaliza: “sentem que os padres devem fazer tudo”.