Departamento do Turismo está a trabalhar num «novo roteiro » para a cidade
Lamego, 19 ago 2022 (Ecclesia) – O Departamento da Pastoral do Turismo de Lamego promove hoje a abertura ao público das torres da igreja do Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, que visa proporcionar “uma nova experiência” a quem passa pela cidade.
“O visitante irá deparar-se com um panorama de uma colossal beleza, do escadório, mata e cidade de Lamego, possibilitando uma elevada qualidade e única na sua experiência”, disse à Agência ECCLESIA o presidente do Departamento do Turismo da Diocese de Lamego.
O padre Filipe Pereira salientou que a criação deste novo produto turístico proporciona “uma experiência única ao visitante”, fomentando uma “nova dinâmica valorizadora do turismo religioso, paisagístico e da natureza”.
“As paisagens da região surpreendem pela grandeza e convidam a uma viagem através do tempo, onde o património natural se associa com o património religioso”, acrescenta.
A cerimónia de abertura ao público das Torres do Santuário de Nossa Senhora dos Remédios realiza-se esta sexta-feira, pelas 18h00.
As torres vão estar abertas todos os dias, das 08h30 às 18h30; a partir de domingo, a entrada está sujeita à aquisição de bilhete.
O acesso vai ser controlado por torniquetes, o, que vai permitir ao Departamento da Pastoral do Turismo de Lamego apresentar “dados oficiais do número de visitantes”, em 2023.
Segundo o padre Filipe Pereira, a ideia de abrir ao público as torres do Santuário de Nossa Senhora dos Remédios surgiu da “impreterível urgência e compreensão” de que a Igreja alberga um vasto património material e imaterial, e não podem “vendar os olhos e permitir que cheguem a estados de degradação deploráveis”.
“O turismo religioso é uma ótima catapulta para a preservação e requalificação do património, permitindo, ainda, a criação de novos roteiros e produtos turísticos”, salienta o sacerdote, destacando a importância de existir “uma equipa de pessoas especializadas”, e que trabalhem em parceria com o setor dos Bens Culturais e as paróquias.
Este responsável recorda que, depois de um trabalho “árduo de programação e planeamento”, em 2021, foram submetidas três candidaturas ao Programa Operacional ‘Norte2020’, tendo sido “todas aprovadas”.
Uma destas candidaturas tem como finalidade realizar “obras de conservação e valorização” no Santuário de Nossa Senhora dos Remédios “contribuindo para manter o bom estado do imóvel”, bem como dotá-lo com infraestruturas de segurança e “reaproveitar um espaço esquecido e desvalorizado”, permitindo que as Torres estejam acessíveis.
A diocese e a cidade de Lamego estão a preparar-se para as festas de Nossa Senhora dos Remédios, de 25 de agosto a 9 de setembro, e para o padre Filipe Pereira esta nova atração “chamará e cativará mais público associada à grande romaria de Portugal”.
“Por esta altura, a cidade oferece aos seus habitantes e aos milhares de turistas que a visitam, um programa recheado de atividades populares e religiosas. Tem como ponto alto a Grandiosa Procissão de Triunfo, na qual os andores ostentam imagens sagradas puxadas por juntas de bois, única no mundo”, indicou o responsável, acrescentando que o processo de candidatura a Património Cultural Imaterial da Humanidade “já está a decorrer”.
Segundo o programa, a ‘majestosa procissão de triunfo’, no dia 8 de setembro, vai ter como tema ‘Jornada Mundial da Juventude – 2023’, e começa às 16h00, na igreja das Chagas, recolhendo na igreja de Santa Cruz.
O sacerdote lamecense destaca também a Marcha Luminosa, a Batalha das Flores, e o “deslumbrante” fogo-de-artifício.
O padre Filipe Pereira revela que estão a trabalhar num “novo roteiro e produto turístico” para Lamego, quer vai ser lançado em 2023, onde o visitante fruirá do “vasto património” da cidade e do Vale do Varosa.
“O Departamento da Pastoral do Turismo da Diocese de Lamego tem como missão empreender todas as diligências para que o mundo do turismo não fique fora do âmbito do Evangelho; responder às motivações de fé e procura do bem e da beleza inscritas no coração do homem e daqueles que procuram o património religioso”, conclui.
CB/OC