Katrina, um ano depois

Arcebispo de Nova Orleães reflecte nos desafios futuros Para o Arcebispo de Nova Orleães, Alfred C. Hughes, o primeiro aniversário do furação Katrina ainda lhe provoca lágrimas e memórias carregadas de emoção. As lágrimas ainda aparecem, 12 meses depois quando fala dos encontros com a população sobrevivente no abrigo de Baton Rouge, que com ele, partilharam as suas histórias de vida e de morte, de fé e de raiva. Quando o Arcebispo Hughes entra no abrigo, dois dias depois do Katrina ter inundado 80 por cento da cidade de Nova Orleães, um representante da Cruz Vermelha, pediu-lhe para falar a uma pessoa que se encontrava no abrigo completamente inconsolável. O Arcebispo ouviu o relato do um homem que fugiu para o sótão da sua casa, juntamente com a sua mulher, após a rebentação de um dique, para fugir à força das águas. Quando o homem tentou levantar a esposa, esta escorregou e caiu dentro de água. “Eu mergulhei e agarrei-a na camisola, mas fiquei com a camisola na mão e ele foi arrastada pela corrente. Foi a última fez que a vi” lembra. O Arcebispo Hughes lembra que o homem estava enfurecido e não conseguia comer. “Custou-lhe inclusivamente falar. Eu apenas ouvi e tentei rezar pela sua depressão, raiva e confusão.” Um ano depois, o Arcebispo afirmou estar consciente da frustração, raiva e depressão pela qual muitos sobreviventes estão a passar devido à lenta recuperação. “E é aqui que a Igreja pode ter um papel importante”, afirmou ao jornal da diocese de Nova Orleães.

Partilhar:
Scroll to Top