Juventude Operária Católica: Centenário do movimento revela que a JOC «está para durar» e o seu propósito «mais atual que nunca»

Pedro Esteves aborda duplo aniversário do movimento: 100 anos de fundação e 90 de presença em Portugal

Lisboa, 13 nov 2025 (Ecclesia) – A Juventude Operária Católica (JOC) assinala este sábado 100 anos e 90 de presença em Portugal, o que, para o presidente da equipa nacional, mostra que a missão do movimento continua a fazer sentido nos dias de hoje.

“Significa que a JOC tem já uma grande história. E, com a dimensão histórica, com a dimensão social que traz e que hoje tem presente, significa que a JOC está cá e está para durar e que tem um propósito próprio e que esse propósito continua vivo e atual e mais atual que nunca”, afirmou Pedro Esteves, em entrevista ao Programa Ecclesia.

Fundada há 100 anos, em 1925, por iniciativa do padre Joseph Cardijn e de um grupo de jovens trabalhadores, na Bélgica, a JOC chegou a Portugal em 1935, 10 anos depois da sua criação, iniciando uma nova etapa da sua missão.

Pedro Esteves assinala que o desenvolvimento do movimento em Portugal passou sempre pela “realidade própria” das novas gerações e que é desta forma que pretende continuar.

O responsável dá o exemplo das dificuldades que os jovens têm atualmente em comprar casa, referindo que é a partir destas “situações concretas” que a JOC trabalha e que lhes fornece ferramentas para se “emanciparem” e “libertarem”.

Em agosto, a JOC Portugal realizou a sua 35.ª Assembleia Nacional Ordinária, onde assumiu o desejo de potenciar a formação em contexto laboral, reafirmada por Pedro Esteves, em entrevista.

“Se os jovens estão cada vez a estudar até mais tarde, têm menos tempo de trabalho, logo têm mais necessidade de formação laboral”, indicou, realçando que os próprios militantes também precisam desta instrução.

No próximo sábado, a JOC em Portugal festeja o centenário da criação deste movimento e os 90 anos de presença em território nacional, no Centro Universitário Fé e Cultura, Aveiro, num dia de convívio e reflexão.

Cartaz: JOC Portugal

O dia vai contar com um trabalho a realizar em grupos na parte da manhã com o nome “Recordar o passado e refletir o futuro” e inclui tempo para partilha dos desafios dos jovens e do movimento atualmente; de tarde, a música, com Liliana Peneda, e o convívio marcarão o resto da jornada que termina com a celebração da eucaristia e a despedida pelas 17h30.

“Nós queremos celebrar o passado, um passado cheio de história, um passado cheio de vida, mas também queremos olhar para o futuro, porque é para o futuro que a vida anda, portanto não podemos ficar com saudosismos, porque saudosismo nunca leva a lado nenhum”, salientou.

Pedro Esteves lembra o fundador da JOC, Jospeh Cardjin, que dizia que “só a juventude trabalhadora se pode salvar a ela é a mesma”, uma vez que “os jovens de hoje em dia é que sentem na pele aquilo que é as dificuldades” desta geração.

Cartaz: JOC Portugal

“Os jovens de há 20, 30 anos tiveram as suas vivências, tiveram as suas dificuldades e viveram-nas e lutaram-nas e foi o que foi o que foi no seu tempo e agora é o que é no nosso tempo”, frisou.

Segundo o responsável, o futuro também passa por uma maior aplicação do movimento nas dioceses, tendo em conta que o “objetivo principal da JOC é a evangelização da juventude trabalhadora e a libertação da mesma através do evangelho”.

“Aqueles que querem e que estão disponíveis para tal, contamos também com esses antigos militantes para nos ajudarem a acompanhar, a chegar aos jovens, porque onde nós não temos implementação diocesana é sempre um pouco mais difícil”, explicou o presidente da JOC em Portugal.

LS/LJ/PR

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