Diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura afirma o desafio da “escuta” do mundo juvenil
Fátima, Santarém, 21 jun 2013 (Ecclesia) – O padre José Tolentino Mendonça, diretor do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura (SNPC), disse hoje que a Igreja Católica tem de saber ouvir a juventude e ir ao seu encontro de «coração desarmado».
No fim da Jornada Nacional da Pastoral da Cultura, Tolentino Mendonça referiu à Agência ECCLESIA que o grande desafio que sai de um dia de reflexão é o da “escuta” do mundo juvenil, que “quer ser sujeito, quer legitimamente ser protagonista da sua história, quer intervir, quer participar”.
“A Igreja tem de ir ao encontro de jovens de coração desarmado como quem vai ouvir e de certa forma com quem vai aprender”, disse o vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa.
“Os jovens, com o seu modo de pensar e de estar, contribuem para qualificar, também em termos evangélicos o presente”, referiu o diretor do SNPC considerando necessário “escutar a voz dos jovens”, “os seus apelos profundos”, acolhendo e integrando “as culturas juvenis, na sua diversidade”.
José Tolentino Mendonça considera que a juventude transporta “um potencial de esperança” para o tempo atual “que pode fazer a diferença”, tanto na sociedade como “no interior da Igreja”.
A Jornada Nacional da Pastoral da Cultura, sobre o tema “Culturas juvenis emergentes”, contou com a presença do sociólogo José Machado Pais, do teólogo José Pedro Frazão, do ativista social João Rafael Brites, o cantautor Manuel Fúria e o judoca Nuno Saraiva.
O dia iniciou com a entrega do Prémio Árvore da Vida – Padre Manuel Antunes a Roberto Carneiro, pela “aposta inequívoca” do antigo ministro da Educação na pessoa humana.
Na sessão de abertura desta Jornada o presidente da Comissão Episcopal da Cultura, Bens Culturais e Comunicações Sociais disse que Portugal deve saber envolver os jovens na “construção de novos rumos” para sair da crise em que se encontra.
“Não podemos substituir os jovens no imprescindível protagonismo que só eles podem assumir, caso contrário não faríamos mais do que prolongar uma infantilização que os diminuiria na sua dignidade e não os tornaria atores da sociedade nova que, entre todos, teremos de reinventar”, declarou D. Pio Alves.
PR