Iniciativa é uma «festa da fé» que «reúne o melhor que se faz em cada diocese»
Braga, 17 jul 2012 (Ecclesia) – O Festival Jota, que a Igreja Católica vai organizar em Braga de sexta-feira a domingo, é uma oportunidade para transmitir a mensagem cristã aos jovens, embora tenha perigos, afirma o mentor da iniciativa.
Em declarações que vão para o ar no programa da ECCLESIA na Antena 1 do próximo domingo, o padre Jorge Castela salienta que o evento “tem os seus riscos mas pode ser muito interessante para evangelizar, especialmente através da música”.
“O festival tem servido sobretudo para fazer comunhão entre os participantes e como espaço que serve de motor para grupos de música”, explica o sacerdote da Diocese da Guarda, acrescentando que se trata de “uma presença na Igreja em Portugal que deve ser tida em atenção”.
O facto de em 2011 não se ter realizado o festival, devido à Jornada Mundial da Juventude que decorreu no mês de agosto, em Madrid, terá contribuído para “quebrar um pouco o ritmo”, o que tornou a organização menos ágil, aponta o padre Jorge Castela.
O diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil (DNPJ), padre Eduardo Novo, realça que a iniciativa criada em 2007 “é sempre um momento congregador, de união e alegria”, constituindo “uma festa da fé” que “reúne o melhor que se faz em cada diocese”.
Além de ajudar os jovens “a descobrir a sua missão” na Igreja, o evento que este ano decorre no Estádio 1.º de Maio é uma oportunidade para “parar e promover a reflexão”, contribuindo para que cada participante olhe “para dentro de si” e projete o futuro no quadro de “uma vida com sentido”.
O DNPJ “colabora de forma ativa e criativa” em “todos” os festivais católicos, frisa o padre Eduardo Novo, que manifesta o desejo de que “a mensagem que passa da música continue a ecoar no coração” dos participantes.
O religioso vai falar sobre a próxima Jornada Mundial da Juventude, agendada para julho de 2013 no Rio de Janeiro, tema de uma das oficinas previstas para o Festival Jota, que disponibiliza acesso livre à internet nos seus espaços.
O padre Jorge Castela assinala que o festival traz a Portugal aquele que é considerado “o melhor cantor católico italiano da atualidade”, Roberto Bignoli, além dos Nuova Civiltá, também transalpinos, enquanto que de Espanha vem o “rock puro” de Don José e a banda Kenosis.
A presença portuguesa inclui David Neutel e o grupo Coração Profético, intérpretes evangélicos que se enquadram na perspetiva ecuménica que os organizadores querem dar ao encontro.
Os católicos Banda Jota vão revelar o seu terceiro álbum na missa de encerramento e os Luz Jovem dão a conhecer o seu primeiro cd, lançado este ano.
O cartaz compreende o Padre Vítor, que marca presença em programas de televisão, e a Banda Missio, eleita a melhor das que atuaram em 2011 no espaço ‘O teu palco’, dedicado aos intérpretes “mais amadores” e que este ano conta com sete grupos.
O espaço “lounge”, mais “intimista” e que convida à “oração”, conta com a atuação de Claudine Pinheiro e de Mendigo de Deus, acompanhado de uma “surpresa”, a irmã Maria Amélia, adianta o padre Jorge Castela.
O sacerdote diz que a continuação do Festival Jota “depende da vontade dos jovens, dos que dirigem as atividades juvenis, e de Deus”.
Os programas de rádio que a ECCLESIA transmite esta semana na Antena 1 incluem entrevistas a alguns dos artistas que atuam no festival: Rui Pinto (Mendigo de Deus), Claudine Pinheiro, Padre Víctor, Banda Missio e Luz Jovem.
PRE/RJM